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Lula não responde pergunta sobre ato de Bolsonaro na Paulista



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ignorou a pergunta de uma jornalista sobre o ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo. O petista participou de uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (sede administrativa do governo federal em Brasília) na segunda-feira (26), sobre o programa de destinação de imóveis inutilizados da União.
Ao lado de três ministros, o presidente foi questionado sobre sua avaliação do ato de Bolsonaro e não respondeu. A jornalista que fez a pergunta chegou a ser vaiada por militantes presentes no local para o evento do Programa de Democratização dos Imóveis da União, que contou também com outros políticos e prefeitos.
Alguns minutos depois, Lula deixou o local. Seus ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Gestão, Esther Dweck; e da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, foram novamente cobrados durante a coletiva de imprensa sobre a avaliação do ato de Bolsonaro. Novamente, o assunto foi ignorado, já sem a presença do presidente.
Somente ao fim do evento oficial, Rui Costa respondeu a jornalistas sobre o assunto, já fora da mesa oficial da entrevista coletiva. Na avaliação dele, não houve surpresa com a quantidade de apoiadores de Bolsonaro na Paulista. "Foi muito aquém do que os próprios organizadores estavam divulgando que teria de presença. Não foi surpresa nenhuma [o número de apoiadores]", disse Rui.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, foram 750 mil presentes no ato, incluindo nas ruas adjacentes à Avenida Paulista. O Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), no entanto, calculou 185 mil pessoas no ápice do ato.
"A surpresa se refere apenas ao conteúdo da confissão dos crimes praticados. Não só nós, mas o Brasil inteiro ficou surpresa, talvez seja a primeira vez na história que pessoas que cometeram atos criminosos chamam um evento em praça pública e, em frente à multidão, confessam os crimes e vão além disso, pedem perdão e anistia pelos crimes cometidos. É algo talvez que vai ficar registrado como inusitado na história do Brasil", acrescentou o ministro.
Rui Costa classificou como "inusitado" o que sinalizou como supostas confissões de tentativas de crimes. "Aquele negócio, eu tentei fazer o golpe, mas não tive êxito", disse como exemplo, acrescentando ter sido um "negócio estarrecedor".
O chefe da Casa Civil ainda minimizou eventuais preocupações dentro do governo Lula sobre o ato. "Diante do que eles tinham divulgado e da força que tiveram no passado, não tem nenhuma surpresa.
Todos sabem que o país se encontra ainda com grau de polarização grande e de pregação do ódio, e eventualmente onde setores religiosos são mobilizados por seus líderes para pedirem anistia a crimes cometidos", completou.
Fonte: O Tempo

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