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Lupi ameaça renunciar se Lula aprovar corte de gastos na Previdência proposto por Haddad

Lupi ameaça renunciar se Lula aprovar corte de gastos na Previdência proposto por Haddad
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou sua intenção de renunciar ao cargo caso o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adote medidas de ajuste fiscal que impliquem em cortes na previdência social, como a retirada de direitos adquiridos ou a redução do salário mínimo. A posição foi expressa em entrevista ao jornal O Globo, na qual Lupi reafirmou seu compromisso em defender os menos favorecidos.

Lupi enfatizou que não apoiará a redução do salário mínimo, nem a eliminação de ganhos reais, e sugeriu que a responsabilidade pelos ajustes fiscais recaia sobre quem possui maior poder econômico. O ministro também destacou a proposta de taxação de grandes fortunas, uma iniciativa liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Quem deve contribuir mais são aqueles que possuem grandes recursos, não os que já têm pouco. Não vou apoiar medidas que prejudiquem quem depende da previdência”, afirmou.

No contexto das discussões sobre ajuste fiscal, Lupi defendeu ainda o combate a irregularidades nos benefícios previdenciários, apontando que há casos de auxílio-doença pagos a indivíduos que já estão recuperados. Ele sugeriu o uso de tecnologias, como biometria, para assegurar que apenas os que realmente necessitam desses benefícios continuem a recebê-los. "Precisamos revisar esses casos para melhorar o sistema e garantir justiça na concessão dos auxílios", observou.

Além disso, Lupi destacou que o governo vem mantendo a inflação sob controle e assegurando ganho real no salário mínimo, com políticas sociais consistentes que buscam equilíbrio entre responsabilidade fiscal e proteção social.
Outro membro do governo, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, também indicou que considera deixar o cargo caso cortes em benefícios sociais sejam adotados.

A expectativa por um anúncio oficial de corte de despesas, que poderia vir do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última segunda-feira, foi adiada, gerando especulações sobre as próximas decisões de ajuste fiscal.
Fonte: Revista Oeste

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