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Mais dívidas, menos esperança: 8 em cada 10 famílias de baixa renda estão endividadas

  • gazetadevarginhasi
  • 12 de mai.
  • 2 min de leitura
O percentual de famílias brasileiras endividadas voltou a subir em abril e chegou a 77,6%, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice, que já havia registrado 77,1% em março, reforça o cenário de instabilidade econômica e pressiona especialmente os lares com renda de até três salários mínimos, onde o endividamento alcança alarmantes 81,1%.
A inadimplência também preocupa: 29,1% das famílias têm contas em atraso, número que remonta aos níveis observados em janeiro. E o dado mais crítico: 17,5% das famílias de baixa renda afirmam que não conseguem pagar suas dívidas, o que representa um crescimento significativo em relação ao ano anterior (12,1% em abril de 2024 para 12,4% agora).
O cartão de crédito continua sendo o principal fator de endividamento, representando 83,8% das dívidas. Em seguida vêm carnês (17,4%), crédito pessoal (10,5%), financiamento de veículos (9%) e imóveis (8,8%).
Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o aumento da inadimplência, especialmente entre os mais pobres, acende um alerta para o equilíbrio financeiro das famílias brasileiras. Segundo ele, mesmo que o número de endividados não tenha batido recordes históricos, a incapacidade de honrar dívidas expõe a fragilidade da atual recuperação econômica.
A CNC projeta que o endividamento deve continuar crescendo ao longo de 2025, com avanço de 2,4 pontos percentuais até dezembro. A inadimplência também deve subir, impulsionada por juros altos e pouca margem para renegociação de dívidas.
Esse cenário — agravado por políticas de crédito facilitado, consumo estimulado sem suporte estrutural, e juros elevados — tem gerado críticas ao governo federal, acusado por parte da população e analistas de não agir com firmeza para conter o colapso financeiro das famílias.

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Gazeta de Varginha

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