Mais de 2 mil famílias devem ser retiradas das margens da BR-381 para duplicação
- Elisa Ribeiro
- 8 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Ministro dos Transportes anunciou na manhã desta quinta-feira (8) que governo federal assumirá trecho entre Belo Horizonte e Caeté. Edital deve ser publicado até 30 de abril.

O governo federal se comprometeu a iniciar o processo de duplicação da BR-381, na saída de Belo Horizonte, ainda este ano. O anúncio foi feito pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, em um evento na capital que contou com a presença do presidente Lula (PT), do governador Romeu Zema (Novo) e do prefeito Fuad Noman (PSD), nesta quinta-feira (8).
Mais de duas mil famílias que residem às margens da rodovia, no trecho entre Belo Horizonte e Caeté, na região metropolitana, serão realocadas para a realização das obras. Esse trecho também abrange Sabará, outro ponto crítico de acidentes na região metropolitana.
"O Dnit e o Ministério dos Transportes não tem assistência social, não tem secretaria de ação social. A Prefeitura e o Estado podem ajudar muito na relocação de maneira decente, humana e responsável dessas 2 mil famílias para que a gente possa duplicar aquele trecho urbano, o que será um grande avanço", ponderou o ministro.
O trecho ainda compreende Sabará, também na região metropolitana, ponto frequente de acidentes.
Editais
O trecho entre Belo Horizonte e Caeté será dividido em dois lotes.
Os editais serão publicados até 30 de abril.
Embora o investimento total ainda esteja em estudo, a estimativa é que seja na casa do R$ 1 bilhão.
Renan Filho também descarta a existência de posto de pedágio nesse trecho.
Novo leilão
Após três leilões recentes sem propostas para a concessão do trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, o ministro anunciou ajustes no projeto para uma nova tentativa. Em caso de fracasso novamente, o governo federal assumirá a responsabilidade, e o exército brasileiro se empenhará na duplicação da rodovia.
"A iniciativa privada fez algumas ponderações. O risco não pode ser todo transferido para o privado naquela rodovia. Porque o sujeito vai lá e faz a obra. Aí depois vem uma chuva muito forte e a rodovia cede. Como que a iniciativa privada vai assumir sozinha a obrigação de fazer aquele trecho novamente? O recurso privado tem que ter uma lógica de retorno, porque senão ninguém investe. Estamos melhorando o projeto", explicou o ministro.
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