Mais de 30 apartamentos do 'Minha Casa, Minha Vida' são interditados em Alfenas

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arta-feira (13), mais de 30 apartamentos no Conjunto Habitacional Minha Casa, Minha Vida, localizado no bairro Jardim São Carlos, em Alfenas (MG), foram interditados pela Defesa Civil. As rachaduras nas paredes, observadas por moradores como Maura Dalila Francelino dos Santos, que relatou tremores e avarias no prédio, motivaram o alerta. "Depois da meia-noite, senti um tremor e logo vi as rachaduras. Procurei ajuda e me disseram para chamar os bombeiros. Eles vieram e falaram que o prédio estava em risco", contou Maura, que agora depende de abrigo temporário.

Os 36 apartamentos em dois blocos do conjunto habitacional foram esvaziados às pressas. Moradores ajudaram uns aos outros a retirar a mobília, embora muitos não tivessem para onde levar os pertences. Aline Lima, outra moradora, descreveu o agravamento das condições: "Minha sala e cozinha estavam com água escorrendo. Quando soubemos da situação, tivemos que retirar tudo."

Após a saída das famílias, a Defesa Civil realizará uma avaliação técnica para identificar as causas das rachaduras. Suspeita-se que vazamentos na tubulação da Copasa, ou falhas na drenagem, possam estar saturando o solo, o que foi confirmado pela presença de trincas no asfalto próximo aos edifícios. "Solicitamos o corte da água nos blocos para evitar maiores danos, pois o solo está muito encharcado, o que indica que pode haver um vazamento significativo", explicou Lilian Castro, secretária de Desenvolvimento Estratégico de Alfenas.

A situação exigiu apoio da Defesa Civil do Estado e a evacuação das famílias foi realizada com o suporte social da prefeitura. "São 20 famílias desalojadas, que foram para casas de amigos ou parentes, e 14 desabrigadas, recebendo assistência da Secretaria de Ação Social," informou o coordenador Marcelo Pereira Lopes da Cruz.

As equipes da Copasa foram acionadas para investigar a origem do vazamento e tomar medidas de contenção. A companhia ainda não anunciou as ações a serem implementadas para resolver o problema, e os moradores aguardam com incerteza a possibilidade de voltar para casa.

Fonte: G1