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Marina Silva ressalta papel do Brics na liderança da transição ecológica

  • gazetadevarginhasi
  • 3 de abr.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou nesta quinta-feira (3) o papel do Brics na liderança da transição ecológica global. Durante a abertura da 11ª reunião dos ministros do Meio Ambiente do bloco, sob presidência brasileira, ela enfatizou a capacidade dos países em desenvolvimento de conduzir essa transformação de maneira justa e sustentável.

Atualmente, o Brics é composto por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, além de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã. Juntos, os países representam cerca da metade da população mundial e 39% do Produto Interno Bruto (PIB) global. "Mais do que nunca, o Brics se consolida como um espaço fértil para a inovação, rico em diversidade cultural e recursos estratégicos, além de possuir vasto capital natural", afirmou Marina.

A reunião ministerial visa aprofundar discussões sobre quatro temas centrais: desertificação, degradação do solo e seca; preservação dos serviços ecossistêmicos; poluição plástica e impacto dos resíduos; e liderança coletiva para a ação climática, em sinergia com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses temas foram propostos pela presidência brasileira ao Grupo de Trabalho sobre Meio Ambiente do Brics e servirão de base para a declaração ministerial e o plano de trabalho anual.

De acordo com Marina Silva, o plano de trabalho, fruto de meses de negociação entre as equipes técnicas dos países membros, prevê cerca de 50 atividades práticas em áreas como qualidade do ar, educação ambiental, biodiversidade, gestão de resíduos e produtos químicos, recursos hídricos, zonas costeiras e marítimas, além de mudança climática. Inspirando-se na ideia de "mutirão" proposta pelo presidente designado para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, Marina convocou os países a se unirem diante dos impactos crescentes da crise climática.

"Os impactos sobre nossas populações, especialmente as mais vulneráveis, ecossistemas naturais e economias, exigem medidas concretas e urgentes para acelerar a redução das emissões de gases de efeito estufa", destacou a ministra.
Ela lembrou que, na COP28 de Dubai, os países acordaram com o Balanço Global (GST, na sigla em inglês), ferramenta do Acordo de Paris que avalia os avanços na redução de emissões. Esse compromisso inclui metas como triplicar a produção de energia renovável, duplicar a eficiência energética e acelerar a transição para o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento.

Nesse contexto, Marina reforçou a importância de os países elevarem suas ambições climáticas por meio da terceira geração das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês). Até o momento, apenas Brasil e Emirados Árabes Unidos apresentaram suas novas metas de redução de emissões.

"Este é um passo fundamental para assegurarmos a implementação dos compromissos climáticos assumidos. O Brasil fez sua parte e apresentou, em Baku, a meta de reduzir entre 59% e 67% as emissões de gases de efeito estufa até 2035, em comparação com os níveis de 2005", enfatizou.

A ministra também ressaltou a necessidade de ampliar e fortalecer os mecanismos de financiamento climático, permitindo que todos os países avançem na proteção da natureza, valorização dos serviços ecossistêmicos e adaptação às mudanças globais. "Precisamos planejar a mudança e evitar seus impactos mais severos antes que sejamos transformados por ela de forma trágica e implacável", concluiu.

Fonte:Agência Brasil

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Gazeta de Varginha

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