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Medicamentos para diabetes e obesidade, como Ozempic e Wegovy, impulsionam bilhões e transformam hábitos

Reprodução
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Os agonistas do receptor GLP-1, como Ozempic, Wegovy, Victoza e Byetta, têm revolucionado o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. Além de impulsionar mudanças significativas nos hábitos de consumo, esses medicamentos estão gerando impactos econômicos em diversos setores. Um estudo recente da PwC, que analisou 3 mil adultos nos Estados Unidos, revela que o uso desses fármacos está crescendo rapidamente.

Atualmente, entre 8% e 10% da população utiliza esses medicamentos, enquanto de 30% a 35% demonstram interesse em adotá-los. As projeções indicam que o mercado global de agonistas do GLP-1 deve alcançar US$ 150 bilhões até 2030. Esses fármacos aumentam a produção de insulina, regulam os níveis de glicose no sangue e induzem saciedade, promovendo perda de peso significativa.
Mudanças nos hábitos de consumo

A pesquisa da PwC aponta que o uso desses medicamentos está alterando padrões alimentares e impactando a indústria de alimentos. Em média, os usuários relatam uma redução de 11% nos gastos com alimentação, com destaque para a diminuição do consumo de lanches doces e salgados, além de produtos assados.

Além disso, um terço dos entrevistados afirmou ter menor propensão à compulsão alimentar e ao consumo de álcool. O impacto do uso dos agonistas GLP-1 também se estende ao setor de entretenimento, com usuários relatando gastos reduzidos em atividades como teatros, shows e parques de diversão, possivelmente devido aos custos elevados do tratamento e à inflação.
Cobertura e acesso

No ambiente corporativo, a cobertura desses medicamentos pelos planos de saúde ainda é restrita. Bruno Porto, sócio e líder do setor de Saúde na PwC Brasil, explica que, nos Estados Unidos, apenas 34% dos planos cobrem esses fármacos para pacientes não diabéticos que desejam perder peso, embora esse percentual tenha aumentado 8 pontos percentuais desde 2023.

No Brasil, o cenário ainda é incipiente, com a maioria dos planos de saúde não oferecendo cobertura para controle de peso, limitando o acesso aos pacientes que podem arcar com os altos custos do tratamento.
O futuro dos medicamentos GLP-1

Apesar dos desafios, como efeitos colaterais e custo elevado, o interesse por esses medicamentos segue crescendo. O estudo aponta que 42% dos ex-usuários retomariam o tratamento caso os custos fossem reduzidos e os efeitos adversos minimizados. Com avanços médicos e novos desenvolvimentos, os agonistas do GLP-1 têm potencial para se consolidar como uma solução de longo prazo para o gerenciamento de peso.

A pesquisa também revelou mudanças na percepção dos pais sobre o uso desses medicamentos por adolescentes. Com a taxa de obesidade juvenil quadruplicando nos últimos 30 anos nos EUA, 82% dos pais entrevistados afirmaram não se opor ao uso dos agonistas do GLP-1 por seus filhos.

“As organizações precisarão se adaptar rapidamente a essas mudanças nos hábitos de consumo e buscar estratégias inovadoras para atender às novas demandas. O impacto dos medicamentos GLP-1 vai além da saúde, influenciando diversos setores da economia. Com a adoção crescente desses tratamentos, o mercado continuará evoluindo, exigindo adaptação constante das empresas e dos profissionais de saúde”, conclui Porto.

Principais efeitos dos agonistas do GLP-1
  • Controle da glicemia – Reduzem os níveis de açúcar no sangue.
  • Perda de peso – Diminuem o apetite e reduzem a ingestão calórica.
  • Proteção cardiovascular – Alguns demonstraram reduzir o risco de eventos cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2.
Exemplos de medicamentos GLP-1
  • Semaglutida – Ozempic, Wegovy
  • Liraglutida – Victoza, Saxenda
  • Dulaglutida – Trulicity
  • Exenatida – Byetta, Bydureon

Fonte:O tempo

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Gazeta de Varginha

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