Menina de 4 anos leva drogas para escola e pai é investigado por tráfico em Itamonte

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente de Itamonte, instaurou nesta segunda-feira (25/3) um procedimento administrativo para acompanhar a situação de vulnerabilidade e risco de crianças expostas a substâncias entorpecentes em uma escola do município. A ação visa ainda verificar as medidas adotadas para garantir a integridade física e psicológica dos menores envolvidos.

A investigação teve início após o Conselho Tutelar de Itamonte relatar um episódio alarmante: uma criança levou entorpecentes para uma escola municipal e ofereceu a substância a um colega de sala, que chegou a colocá-la na boca. Questionada, a menina afirmou que os papelotes pertenciam ao seu pai, que possui registros criminais por tráfico de drogas.

Segundo o documento enviado pelo Conselho Tutelar, a criança estava em posse de 16 papelotes de uma substância esbranquiçada, sendo sete cheios e nove parcialmente consumidos. O caso se agravou quando o pai da menina compareceu à escola e, de forma agressiva, tomou um dos papelotes das mãos da coordenadora pedagógica. Pouco depois, um tio da criança entrou à força na instituição e a retirou contra a vontade das conselheiras tutelares.

A Promotoria de Justiça destacou que a situação representa uma grave violação dos direitos fundamentais da infância. “A exposição de uma criança de 4 anos a substâncias entorpecentes, com possibilidade concreta de acesso e manipulação de tais substâncias, revela grave negligência e possível situação de abuso”, afirma um trecho do procedimento administrativo.

O MPMG também determinou o acompanhamento das medidas protetivas já iniciadas pelo Conselho Tutelar e, caso necessário, poderá adotar providências judiciais para garantir a proteção das crianças envolvidas. Entre as ações previstas estão a regularização da guarda da menina, que atualmente reside com a avó materna, e a apuração das condutas do pai e do tio da criança.

Fonte: MPMG