Mercado Argentino Reage com Otimismo à Vitória de Trump e Fortes Laços com Milei
6 de nov. de 2024
Foto: Reprodução
Os títulos argentinos denominados em dólar dispararam no início das negociações desta quarta-feira, enquanto o índice de risco país da Argentina caía de forma significativa. O cenário favorável reflete o otimismo dos investidores com a possibilidade de uma aproximação entre o novo presidente argentino, Javier Milei, e o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Com os títulos argentinos listados no exterior apresentando ganhos expressivos, o índice de risco país – que mede o diferencial exigido pelos investidores para negociar dívida argentina em relação aos títulos norte-americanos – recuou para cerca de 880 pontos-base. Este é o nível mais baixo em cinco anos, indicando a confiança crescente dos mercados nas políticas econômicas de Milei e no impacto positivo de possíveis alianças com os EUA.
Desde o início de sua gestão, Milei, um economista e ex-analista de TV conhecido por suas políticas de austeridade e por seu estilo carismático, tem promovido reformas pró-mercado. Conhecido como "El Loco" devido ao seu discurso agressivo e à campanha polêmica na qual usou uma motosserra como símbolo de cortes de gastos, Milei tem se destacado como figura de peso na direita global. Seu estilo tem ressonância com Trump, famoso por sua postura controversa e sua forte presença nas redes sociais, bem como por alianças com figuras como Elon Musk.
Em Buenos Aires, a vitória de Trump gerou uma onda de expectativa entre os simpatizantes de Milei. A moradora Micaela Saracero, de 29 anos, destacou que vê com bons olhos a possível sinergia entre os dois líderes: "Acho que eles têm uma boa chance de se dar bem, o que pode ser favorável para nossa economia se esses dois 'loucos' trabalharem juntos", comentou.
Outro argentino, Damian Roux, de 23 anos, também demonstrou otimismo. Ele ressaltou sua esperança de que a amizade entre Milei e Trump resulte em benefícios econômicos para o país sul-americano, refletindo o desejo de muitos argentinos de que o alinhamento entre ambos os governos impulsione a economia nacional.
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