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Mercado financeiro: Dólar avança no dia, mas segue para 3ª semana de baixa

  • gazetadevarginhasi
  • 21 de mar.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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O dólar opera em alta nesta sexta-feira (21), mas segue a caminho da terceira queda semanal consecutiva, refletindo ajustes de posição por parte dos investidores em meio a uma sessão com agenda econômica esvaziada. O mercado financeiro absorve os impactos das decisões dos bancos centrais e acompanha as incertezas geopolíticas globais.

Às 12h48, o dólar à vista avançava 0,78%, cotado a R$ 5,7241 na venda. O Ibovespa, por sua vez, registrava leve recuo de 0,03%, aos 131.910,47 pontos.
Na quinta-feira (20), a moeda norte-americana já havia fechado em alta de 0,49%, a R$ 5,6763, recuperando parte das perdas registradas ao longo da semana.

Cenário internacional: Fed, tarifas e tensões geopolíticas
O principal evento da semana foi a decisão do Federal Reserve (Fed), que manteve os juros inalterados e reiterou sua projeção de dois cortes nas taxas até o fim do ano. Apesar da sinalização, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou que não há pressa para reduzir os juros, alertando para o risco de um crescimento menor nos EUA em 2025.

Essas declarações impulsionaram o dólar no mercado internacional, levando a moeda a recuperar parte do valor perdido frente a divisas fortes e emergentes.
O otimismo dos investidores no início da semana foi impulsionado pelo telefonema entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que resultou em um acordo de cessar-fogo de 30 dias para os ataques russos à infraestrutura de energia da Ucrânia.

Além disso, os mercados reagiram positivamente à aprovação, pelo parlamento alemão, de um pacote de 500 bilhões de euros para investimentos e flexibilização das regras de endividamento no país.

No radar dos investidores, a política tarifária de Trump volta a ser destaque. O ex-presidente norte-americano prometeu anunciar, em 2 de abril, novas tarifas recíprocas contra países que impõem barreiras aos produtos dos EUA, o que pode aumentar a volatilidade nos mercados.

“O dólar ainda deve fechar a semana em queda devido ao cenário externo, especialmente as incertezas nos EUA sobre políticas tarifárias”, avalia Dyego Galdino, CEO da Global 360 Invest.

Cenário brasileiro: Selic e riscos fiscais
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, e indicou que o próximo aumento será menor. O movimento ampliou o diferencial de juros entre Brasil e EUA, o que tende a atrair mais capital estrangeiro para o país e favorecer o real.

Outro fator monitorado pelo mercado foi o envio do projeto de lei do governo ao Congresso, que propõe aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. O anúncio gerou preocupações fiscais, com dúvidas sobre como a medida será compensada no orçamento.

“Existe um impasse entre o governo, que afirma compromisso com as metas fiscais, e um mercado ainda cético quanto à viabilidade desse equilíbrio. Esse cenário pode pressionar o câmbio para cima”, afirma Leonel Mattos, analista da StoneX.

No acumulado do ano, o dólar ainda registra queda de 7,65% frente ao real.

Fonte:Cnn

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Gazeta de Varginha

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