Mercado financeiro projeta inflação de 5,51% para 2025
3 de fev.
Reprodução
O mercado financeiro ajustou sua previsão para a inflação de 2025, projetando agora uma alta de 5,51% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial da inflação no Brasil.
Essa estimativa foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (3), uma pesquisa semanal do Banco Central (BC) que reflete as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Há quatro semanas, a projeção para o IPCA era de 4,99%.
Para os anos seguintes, a inflação também foi revista: em 2026, a previsão passou de 4,22% para 4,28%, e em 2027 e 2028, as estimativas são de 3,9% e 3,74%, respectivamente. A projeção para 2025 está acima do teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, o limite superior é de 4,5%.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), o mercado manteve sua previsão de crescimento de 2,06% para 2025, mesma projeção da semana anterior, e ligeiramente superior aos 2,02% projetados há quatro semanas. Para 2026, o crescimento da economia foi projetado em 1,72%, enquanto para 2027 e 2028, as estimativas são de 1,96% e 2%, respectivamente.
Quanto à taxa básica de juros, a Selic, o Boletim Focus manteve a previsão de 15% para este ano, mesma taxa estimada nas últimas quatro semanas. Para 2026, espera-se que a Selic caia para 12,5%, e em 2027 e 2028, a projeção é de 10,38% e 10%, respectivamente. Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a Selic, que foi elevada para 13,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada.
Essa foi a quarta alta consecutiva da Selic, que se encontra no maior nível desde setembro de 2023, com o objetivo de combater a inflação e lidar com incertezas econômicas, como a alta do dólar e o aumento dos gastos públicos. Essa medida, no entanto, tem sido criticada por especialistas, como o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que apontou o impacto negativo sobre o crédito e o consumo.
Em relação ao câmbio, a previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 6 para este ano e também para 2026. Para 2027, espera-se que o dólar caia para R$ 5,93, e que volte a subir para R$ 6 em 2028.
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