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Mercado reduz previsão para expansão da economia em 2025

  • gazetadevarginhasi
  • 31 de mar.
  • 3 min de leitura
Reprodução
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O mercado financeiro revisou para baixo a previsão de crescimento da economia brasileira em 2025, conforme os dados mais recentes do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central (BC). O relatório, elaborado com base nas expectativas de instituições financeiras, indicou uma leve redução na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano.

Para 2025, a estimativa de crescimento do PIB passou de 1,98% para 1,97%. Já para 2026, a projeção foi mantida em 1,6%. Nos anos seguintes, 2027 e 2028, o mercado financeiro continua prevendo uma expansão de 2% ao ano. Em 2024, a economia brasileira registrou crescimento de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de alta, sendo a maior desde 2021, quando o PIB avançou 4,8%.

Expectativa para o câmbio e inflação
A previsão para a cotação do dólar ao final de 2025 foi mantida em R$ 5,92. Para 2026, a estimativa aponta para uma valorização da moeda norte-americana, atingindo R$ 6.

A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país, foi mantida em 5,65% para 2025. Para 2026, o mercado prevê uma inflação de 4,5%, enquanto para 2027 e 2028 as estimativas são de 4% e 3,78%, respectivamente. A expectativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, situando-se entre 1,5% e 4,5%.

Em fevereiro, o IPCA registrou alta de 1,31%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior avanço para o mês desde 2003, quando a taxa chegou a 1,57%. No acumulado de 12 meses, a inflação soma 5,06%, impulsionada, principalmente, pelo aumento dos preços da energia elétrica.

Política monetária e taxa de juros
Para conter a inflação, o Banco Central mantém uma política monetária restritiva, elevando a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está fixada em 14,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi decidido um novo aumento de um ponto percentual na taxa, sendo o quinto reajuste consecutivo. A decisão foi motivada pelo aumento dos preços de alimentos e energia, além das incertezas no cenário econômico global.

Em comunicado, o Copom destacou que a economia brasileira segue aquecida, apesar de sinais de desaceleração no crescimento. A inflação cheia e os chamados núcleos inflacionários, que desconsideram itens mais voláteis, como alimentos e energia, continuam em patamares elevados. O colegiado também ressaltou que há risco de persistência da inflação de serviços e garantiu que seguirá monitorando a política econômica do governo.

Para as próximas reuniões, o Copom indicou que pode adotar aumentos menores na taxa Selic, dependendo das condições do mercado. O mercado financeiro prevê que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano, com redução progressiva nos anos seguintes: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

Impacto da política monetária
A elevação da taxa Selic tem como objetivo principal controlar a demanda, o que pode refletir na desaceleração dos preços. Juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança, ajudando a conter a inflação. No entanto, também tornam mais difícil a expansão da economia, pois encarecem os investimentos e reduzem o consumo.

Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito se torna mais acessível, estimulando a produção e o consumo. Isso pode impulsionar o crescimento econômico, mas, ao mesmo tempo, reduzir o controle da inflação.
O cenário econômico para os próximos anos segue desafiador, com o Banco Central buscando equilibrar crescimento econômico e controle inflacionário.

As expectativas do mercado apontam para um período de ajustes graduais na política monetária, enquanto o governo monitora o impacto dessas medidas no desenvolvimento da economia nacional.

Fonte:Agência Brasil

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