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Mesmo com alta trimestral, desemprego tem melhor marca histórica para o 1º trimestre

  • gazetadevarginhasi
  • 30 de abr.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2025 com taxa de desocupação em 7%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora represente uma alta em relação ao trimestre anterior, encerrado em dezembro de 2024 (6,2%), o índice é o mais baixo já registrado para o período de janeiro a março em toda a série histórica iniciada em 2012.

Até então, a menor taxa de desocupação para esse intervalo havia sido registrada em 2014, com 7,2%. Em 2024, o índice era de 7,9%. A pesquisa do IBGE analisa o comportamento do mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, considerando todas as formas de ocupação — incluindo empregos com ou sem carteira assinada, trabalhos temporários e atividades por conta própria.
Vale destacar que, pela metodologia do instituto, indivíduos que não estão empregados e também não buscam uma vaga não entram no cálculo da desocupação.

A alta no desemprego em relação ao último trimestre de 2024 é explicada, principalmente, pelo aumento de 13,1% no número de pessoas em busca de trabalho. Esse contingente somou 7,7 milhões, o equivalente a 891 mil pessoas a mais que no trimestre anterior. Contudo, em comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda de 10,5% no número de desocupados.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, explica que esse movimento é típico dos primeiros meses do ano. "De modo geral, é um comportamento sazonal observado nos primeiros trimestres", afirmou.

Setores mais impactados
No recorte por atividade econômica, os setores com maior redução no número de ocupados entre o fim de 2024 e o primeiro trimestre de 2025 foram:
  • Construção: menos 397 mil pessoas
  • Alojamento e alimentação: menos 190 mil
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: menos 297 mil
  • Serviços domésticos: menos 241 mil

Trabalho formal e rendimento
Apesar da queda de 1,3 milhão no número total de ocupados, o cenário do mercado de trabalho foi considerado estável. Isso porque o número de trabalhadores com carteira assinada se manteve praticamente estável em 39,4 milhões, renovando o recorde da série histórica.

Segundo Beringuy, esse dado aponta para uma “sustentabilidade” no mercado de trabalho formal, que se mostra mais resistente a impactos do cenário macroeconômico, como a política de juros altos usada para controlar a inflação.
A taxa de informalidade ficou em 38%, a menor desde o terceiro trimestre de 2020, quando atingiu o mesmo nível. O menor índice da série foi registrado no segundo trimestre de 2020, com 36,5%.

Já o rendimento médio mensal dos trabalhadores atingiu R$ 3.410, novo recorde em termos reais — superando o registrado no trimestre encerrado em fevereiro (R$ 3.401). A massa de rendimentos, que representa o total recebido pelos trabalhadores, chegou a R$ 345 bilhões, muito próxima do recorde histórico de R$ 345,2 bilhões no fim de 2024.

Fonte:Agência Brasil

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