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Miliciano Tubarão atirou e jogou granada contra policiais antes de ser morto durante ação em Nova Iguaçu

Antes de ser morto durante uma ação da Polícia Civil, na manhã de terça-feira (6), o miliciano Tauã de Oliveira Francisco, de 25 anos, conhecido como Tubarão, atirou nos policiais e chegou a jogar uma granada contra os agentes.
“Mesmo com a casa completamente cercada, o Tauã decidiu resistir a ação, aos mandamentos policiais, efetuou diversos disparos de arma de fogo, arremessou uma granada contra os policiais, que, para se defenderem, efetuaram disparos e o Tauã acabou sendo neutralizado”, afirmou Moisés Santana, titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos.
O criminoso era chefe de um grupo paramilitar que atua em Seropédica e parte de Nova Iguaçu. Moisés afirmou que para chegar até a localização do criminosos, foram meses de investigação - que apontaram ainda que ele chegou a se esconder no Complexo da Maré, que é controlada por traficantes mas tem dado auxílio a milicianos. Tubarão era rival da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da principal milícia que atua no Rio e que está preso desde dezembro, quando se entregou à Polícia Federal.
Segundo o delegado Mauro César da Silva Jr, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, com a morte do miliciano Tubarão, o número de homicídios na Baixada Fluminense deve diminuir.
“Ele era investigado pela prática de vários homicídios, ou cometidos por ele diretamente, ou a mando dele. Certamente, com essa prisão de hoje, a gente vai conseguir reduzir ainda mais o número de homicídios”, afirmou Mauro.
Confronto
O confronto aconteceu na Rua Dona Zica, no bairro Ponto Chic, uma das áreas de atuação do miliciano. Tubarão chegou a ser levado para o Hospital da Posse. No entanto, segundo a direção da unidade de saúde, já chegou morto no local.
Em outubro, um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou o momento em que Tauã comemorou a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus, sobrinho de Zinho. Nas imagens foi possível observar fogos de artifícios que teriam sido soltados em Seropédica.
O confronto aconteceu durante uma ação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Secretaria de Inteligência (SSinte), da 27ª DP (Vicente de Carvalho), e da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) para tentar prender o criminoso.
De aliados a rivais
Tubarão era integrante da milícia Zinho, até dezembro de 2022. Em janeiro de 2023, ele foi até a localidade do KM 32 da antiga Estrada Rio-São Paulo, dominada pela milícia de Zinho, e tomou parte do território em Nova Iguaçu. Milicianos rivais foram mortos pela quadrilha de Tubarão. A partir daí, segundo a polícia, aumentaram os confrontos na região entre as milícias de Zinho e Tubarão, que contou com a ajuda de traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em alguns embates contra o antigo chefe.
Na segunda (5), três suspeitos de integrar a milícia do Tubarão foram presos depois de uma troca de tiros com agentes da 27ªDP (Vicente de Carvalho) em Seropédica. Outras duas pessoas foram conduzidas para a delegacia para prestar depoimento e depois foram liberadas.
Dois policiais civis foram atingidos por estilhaços durante o confronto. Um fuzil, duas pistolas, carregadores e munições, além de roupas camufladas.
Quem era Tubarão
Em 2022, Tubarão foi autuado dentro de um carro roubado no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. Na casa dele, foi encontrado fardamento militar.
A ação foi efetuada por policiais da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar Especializada na Investigação de Narcomilícia e Crimes Complexos , ligada à Corregedoria da Polícia Militar. Os agentes levaram Tauã para a 42ª DP (Recreio) e, posteriormente, para a 16ª DP (Barra da Tijuca).
No entanto, os policiais não fizeram o auto de prisão em flagrante, porque não conseguiram determinar se o veículo, um Hyundai Creta branca, era de fato roubado.
O veículo foi levado para ser periciado na Delegacia de Repressão a Furtos de Automóveis (DRFA) e Tauã foi liberado.
Tauã também era investigado por envolvimento em ataques a motoristas de van em Campo Grande.
A Polícia Civil também investiga a informação de que, em abril de 2023, ele exigiu que todos os carros andassem com vidros abaixados na região.
Nos áudios investigados, atribuídos a Tubarão, ele diz que a pena seria de "levar bala" se a ordem não fosse cumprida.
Fonte: G1

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