Minas Gerais Lança Projeto "Reciclando Dignidade" para Catadores de Materiais Recicláveis
O Governo de Minas Gerais, em parceria com o Serviço Social Autônomo (Servas), lançou nesta terça-feira (19/11) o projeto "Reciclando Dignidade", que visa promover a inclusão previdenciária de catadores de materiais recicláveis no estado. A iniciativa une sustentabilidade ambiental e justiça social, garantindo a esses trabalhadores direitos como aposentadoria, auxílio-doença, licença-maternidade e pensão por morte.
Parcerias e Recursos
Com financiamento de R$ 13 milhões oriundos de medidas compensatórias ambientais do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o projeto beneficiará cerca de 1.475 catadores de 64 municípios, em parceria com cooperativas do programa Bolsa Reciclagem. As contribuições previdenciárias começarão a ser efetivadas em janeiro de 2025 e terão duração estimada de quatro anos.
Segundo o vice-governador, Professor Mateus, o desafio é tornar o programa contínuo, reforçando a parceria entre o estado, o Servas e o MPMG para transformar a realidade de trabalhadores muitas vezes marginalizados.
Impacto Social e Ambiental
A presidente do Servas, Christiana Renault, destacou que o projeto é um marco para os catadores, garantindo reconhecimento e direitos básicos para uma classe que desempenha papel crucial na sociedade, mas que até então carecia de proteção previdenciária.
Neli Medeiros, da Coopersoli-Barreiro, enfatizou a relevância do projeto para os trabalhadores, que frequentemente enfrentam escolhas difíceis entre contribuir para a previdência ou atender necessidades básicas. “Quando um de nós se acidenta, ficamos sem trabalhar e sem recursos. Esse projeto é uma esperança de dignidade para nossa categoria", afirmou.
Além de custear as contribuições previdenciárias, o projeto também incluirá ações educativas, orientando os catadores sobre os benefícios da seguridade social e a importância de manterem a regularidade no sistema.
Transformação e Justiça
O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, destacou o caráter transformador do projeto: “Esses recursos do MPMG são do povo, e nosso dever é devolvê-los à sociedade para transformar vidas, especialmente dos mais vulneráveis.”
O secretário adjunto de Meio Ambiente, Leonardo Rodrigues, concluiu: “Os catadores são os indutores da nossa dignidade, cuidando do que descartamos. Agora, é nossa vez de cuidar deles.”
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