Minas Gerais Registra Queda de 20,8% nos Feminicídios e Destaca Emergência MG no Combate à Violência Contra a Mulher
O Governo de Minas Gerais divulgou nesta quinta-feira (22/8) um levantamento sobre o perfil da violência doméstica no estado, considerando os primeiros sete meses do ano. A análise dos dados da Polícia Civil foi conduzida pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) como parte das ações do movimento Agosto Lilás. O objetivo é ampliar o debate sobre violência contra a mulher e disseminar informações que contribuam para a conscientização.
Segundo o levantamento, houve uma redução de 20,8% nos casos de feminicídio entre janeiro e julho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de mortes caiu de 101, em 2023, para 80 em 2024. Em comparação com 2022, quando foram registrados 104 feminicídios, os dados também mostram uma tendência de diminuição.
Além disso, os casos gerais de violência doméstica no estado apresentaram uma leve redução de 0,7%, com 600 registros a menos nos primeiros sete meses de 2024 (de 87.195 para 86.595).
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, destacou que esses números refletem o esforço conjunto das forças de segurança em Minas Gerais, mas reforçou que o governo não diminuirá a vigilância e o foco no combate a esse tipo de crime. "Ainda são dados expressivos, quando tratamos de um crime tão covarde e que tem prioridade de redução para o governo", afirmou.
Em complemento à divulgação dos dados, uma campanha digital será lançada para promover o Emergência MG, um serviço inovador que permite o acionamento das forças de segurança via internet. Esse serviço é especialmente útil para mulheres vítimas de violência, pois possibilita acionar a Polícia Militar pelo 190 através de um chat, sem necessidade de fala. Além disso, o serviço permite o envio de fotos, vídeos e localização, facilitando a intervenção rápida em situações de risco. "A pessoa pode estar trancada no banheiro, por exemplo, e chamar as polícias sem que o agressor perceba", explicou Bernardo Naves, superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp.
O levantamento também destacou que a violência psicológica continua sendo a forma mais comum de agressão, superando os casos de violência física. Em 2024, 36% dos registros referem-se a ameaças, manipulações, humilhações e proibição de contato social, enquanto 35% envolvem atos de violência física.
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