Minas Gerais ultrapassa 2 milhões de mudas plantadas na restauração da Mata Atlântica
gazetadevarginhasi
5 de fev.
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Minas Gerais encerrou 2024 com um marco significativo na recuperação da Mata Atlântica: o plantio de 2 milhões de mudas de árvores nativas dentro do Tratado da Mata Atlântica. O estado já atingiu 28,5% da meta prevista de 7 milhões de mudas e segue avançando no compromisso assumido junto ao Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que prevê o plantio de 100 milhões de mudas até 2026.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, destacou a importância da iniciativa. “Seguimos demonstrando nosso compromisso e transparência com a restauração e conservação do bioma Mata Atlântica, que é tão importante para a proteção da biodiversidade”, afirmou.
Minas Gerais é o primeiro estado a monitorar as mudas plantadas, com dados disponíveis no Painel de Indicadores do Sisema e na Plataforma de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE-Sisema). O monitoramento inclui informações da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que contabilizam, entre outras fontes, as compensações ambientais exigidas nos processos de licenciamento e ações do Programa de Regularização Ambiental (PRA).
Avanço do plantio
O primeiro grande marco foi atingido no terceiro bimestre de 2024, quando Minas Gerais alcançou 1 milhão de mudas plantadas. Esse avanço foi impulsionado pela Bacia do Rio Doce, que registrou cerca de 550 mil mudas, com forte participação dos municípios de Mariana, Bela Vista de Minas, João Monlevade, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Outras regiões também tiveram contribuições expressivas. A Bacia do Rio Paranaíba respondeu por 12,5% do total de plantios, com destaque para Patos de Minas, Araxá, Cruzeiro da Fortaleza e Uberlândia. Já a Bacia do São Francisco teve 20,6% das mudas plantadas em cidades como Jeceaba, Ouro Branco e Ouro Preto. No Rio Grande, os primeiros plantios ocorreram em Ouro Fino, Cachoeira de Minas e Itumirim.
O alcance de 2 milhões de mudas no sexto bimestre de 2024 foi impulsionado pelo período chuvoso e pela adesão de novos parceiros. A Bacia do Rio Paraíba do Sul, principalmente nos municípios de Muriaé e Descoberto, contribuiu com quase 55 mil mudas, enquanto a Bacia do Rio Pardo teve participação relevante com cerca de 73 mil mudas em Águas Vermelhas, ampliando a cobertura vegetal do bioma.
Novos parceiros fortalecem a iniciativa
A cidade de Belo Horizonte aderiu ao tratado com o plantio de 33.260 mudas e implementou uma plataforma que permite aos cidadãos acompanhar os locais de reflorestamento. Itabirito e Ouro Preto também assinaram o Termo de Adesão, reforçando o compromisso estadual com a restauração ambiental.
A Agência de Bacia Hidrográfica Peixe Vivo contribuiu com 14.448 plantios ao longo do ano, focando na recuperação dos recursos hídricos. Além disso, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Copasa, por meio do Programa Socioambiental de Proteção e Recuperação de Mananciais (Pró-Mananciais), seguem como parceiros estratégicos na ampliação do plantio e na proteção das nascentes.
Com esses avanços, Minas Gerais se consolida como um dos estados mais engajados na recuperação da Mata Atlântica, demonstrando compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental para as futuras gerações.
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