Minas registra redução em todos os crimes monitorados no Carnaval 2024 e aposta em folia mais segura do país
O empenho do Governo de Minas em fazer do Carnaval da Liberdade o mais seguro do país teve saldo positivo: neste ano, mesmo com aumento de público, todos os crimes monitorados pelas Forças de Segurança do Estado durante os quatro dias de folia tiveram queda, tanto em Belo Horizonte quanto no interior.
A redução alcança índices de até 47,8%, como é o caso do número de celulares roubados na capital mineira, que caiu de 94 para 49 na comparação com o Carnaval do ano passado. Com uso de tecnologia de ponta, efetivo reforçado e trabalho integrado, o Carnaval de Minas Gerais se consolida escolha e destino de quem busca mais segurança.
Os dados foram apresentados na manhã desta quinta-feira (15/2), em entrevista coletiva no Palácio das Liberdade, região Centro-Sul de BH, com as presenças do governador Romeu Zema, secretários e autoridades da Segurança de Minas.
“Tivemos um número recorde de foliões em todo estado e com redução de criminalidade. Segurança é a nossa marca. Estamos deixando claro que, quem quer ir para o Carnaval e sem dor de cabeça, deve vir a Minas Gerais. Quero dar os parabéns às Forças de Segurança. Isso nos orgulha muito”, enfatizou o governador.
De acordo com pesquisa realizada pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais, a sensação de segurança no estado foi bem avaliada pelos foliões que vieram de outras cidades e estados, na capital e no interior de Minas: 78% dos visitantes atribuíram as classificações de "muito bom" a "ótima" para este quesito, pontuando entre sete e dez em uma escala de zero a dez.
Os registros gerais de roubo tiveram redução de 31,5% e os de furto, de 31,4%, em todo o estado, como mostram os dados do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Foram exatos 1.296 furtos a menos em Minas durante o Carnaval.
Já em Belo Horizonte, houve queda de 37,4% nos roubos e de 24,7% nos furtos. Motivo de preocupação dos foliões, os furtos e roubos de celulares também tiveram queda na folia deste ano, tanto em Belo Horizonte quanto nas cidades do interior. A redução foi de 21,4% em todo o estado e de 10% na capital – quando se considera o furto; e de 36,6% no estado e 47,8% em BH – quando se considera o roubo dos aparelhos.
“Nesse ano nosso desafio era muito grande, porque o Carnaval do ano passado foi um sucesso. Então, reduzir os índices de criminalidade como aconteceu em 2023, era um desafio muito maior. Neste ano tivemos uma redução muito significativa. É muito importante frisar: não tivemos nenhum índices de aumento”, pontuou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.
Importunação sexual e estupro
Os registros de importunação sexual também são preocupação frequente quando o assunto é Carnaval, principalmente entre o público feminino. No estado, os dados de importunação sexual caíram 36,8%, diminuindo de 76 ocorrências na folia do ano passado para 48, no mesmo período deste ano.
Já em Belo Horizonte, a redução foi de 27,7%, com queda de 18 para 13 casos. No Carnaval da capital, a maior parte das vítimas (69,2%) têm idade entre 18 e 30 anos.
“Essa redução nos faz concluir que toda essa mobilização social que nós fizemos, a conscientização dos foliões em denunciar e a campanha que promovemos, foram determinantes para que os números fossem reduzidos” explicou a chefe da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), delegada-geral Letícia Gamboge.
Tecnologia a serviço da Segurança Pública
Pela primeira vez, o Carnaval de Belo Horizonte contou com o uso de tecnologia de reconhecimento facial, em busca de foragidos da Justiça. Um banco de dados com o rosto de todos esses indivíduos que deveriam estar presos foi adicionado à nova ferramenta da Sejusp, que atuou de forma preventiva neste Carnaval. Banco de dados com informações e imagens de desaparecidos também estavam na mira do reconhecimento facial.
O trabalho de inteligência e de uso de sistemas de segurança para monitoramento de pessoas que utilizam tornozeleira eletrônica também obteve bons resultados.
De acordo com a Polícia Militar, em todo o estado, foram flagradas 83 pessoas com tornozeleiras e em descumprimento de ordem judicial no Carnaval. Somente na capital, foram 49 conduções de tornozelados por descumprimento dos acordos da medida judicial. Esse trabalho é realizado, de forma integrada, com a Polícia Penal de Mins Gerais, que realiza, ao longo do ano, o monitoramento 24h dos tornozelados do estado.
Durante a festa, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) empregou todo seu efetivo, cerca de 36 mil homens e mulheres, no policiamento. Além disso, a instituição agregou tecnologias para auxiliar na atividade policial na ponta.
O planejamento desenvolvido pela instituição incluiu o reforço de policiais militares não somente nos municípios mineiros, mas em áreas de balneários e rodovias, para garantir a segurança dos foliões e da população em geral que optou por viajar nesse período ou realizar outras atividades de lazer.
“Todas essas ações que fizemos foram para deixar as pessoas cada vez mais seguras. Eu quero agradecer à população que incorporou o sentido de Carnaval da segurança. É muito importante quando as pessoas também ajudam a polícia”, ressaltou o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Rodrigo Piassi.
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