Mineira com pior dor do mundo recebe novo diagnóstico e se prepara para formatura
gazetadevarginhasi
11 de fev.
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Carolina Arruda Leite, de 28 anos, que sofre de neuralgia do trigêmeo bilateral, considerada a pior dor do mundo pela medicina, recebeu um novo diagnóstico. A jovem mineira agora enfrenta também a espondiloartrite axial, ou espondilite anquilosante, uma doença autoimune que afeta a coluna vertebral, a cabeça e a caixa torácica. A descoberta veio após anos de sintomas, incluindo a perda gradual de movimentos.
"Eu já apresentava sintomas há muitos anos e vinha piorando muito. Depois de uma longa investigação, conseguimos chegar ao diagnóstico. A doença foi limitando meus movimentos, dificultando minha locomoção, até que precisei utilizar cadeira de rodas", relatou Carolina ao jornal Estado de Minas.
A jovem, que reside em Alfenas, no Sul de Minas, seguirá um novo tratamento com imunobiológicos. Apesar disso, ela segue considerando a morte assistida na Suíça devido à gravidade de suas condições.
A combinação da espondiloartrite axial com a neuralgia do trigêmeo agrava ainda mais sua situação. Carolina enfrenta crises intensas, fadiga e desmaios. "Quanto mais cansado meu corpo estiver, mais forte é a dor da neuralgia do trigêmeo. A fadiga acelera meus batimentos cardíacos, pressionando ainda mais o nervo e aumentando a dor", explicou.
Mesmo diante das dificuldades, Carolina está se preparando para participar do baile de formatura em medicina veterinária, que acontecerá no próximo sábado (15). Embora ainda não vá colar grau, a jovem quer aproveitar a celebração, mas teme uma nova crise, como aconteceu em seu casamento, em 2022. "As dores estão piores do que naquela época. Estou tentando descansar ao máximo para conseguir aproveitar pelo menos um pouco da festa", afirmou.
O que é espondiloartrite axial?
A espondiloartrite axial, também conhecida como espondilite anquilosante, é uma doença autoimune que causa inflamação na coluna vertebral, podendo afetar também articulações, pele e órgãos internos. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, os sintomas incluem rigidez, dor crônica e limitação de movimentos, podendo levar à perda progressiva da mobilidade.
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