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Ministério da Saúde mira adultos e inclui usuários de PrEP em vacinação contra hepatite A

  • gazetadevarginhasi
  • 5 de mai.
  • 2 min de leitura
Ministério da Saúde mira adultos e inclui usuários de PrEP em vacinação contra hepatite A
Divulgação
Ministério da Saúde amplia vacinação contra hepatite A para usuários da PrEP.

O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a ampliação da vacinação contra hepatite A, que agora passa a incluir usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), medicamento usado na prevenção ao HIV. A medida tem como objetivo conter o avanço da doença entre adultos, após uma mudança no perfil epidemiológico. A vacinação infantil já havia levado à redução de mais de 95% dos casos nessa faixa etária.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “a partir do momento que garantimos no SUS, em 2014, a ampla vacinação do público infantil, que era o público com maior risco de ter Hepatite A, a doença passou a ter uma concentração no público adulto. Os surtos descritos no país, com características semelhantes, apontam para a importância de expandir a vacinação para o público que utiliza a PrEP”. Ele acrescenta que “com esta ampliação, vamos conseguir reduzir os riscos de internação, casos graves e óbitos por Hepatite A no SUS, protegendo a população”.

A imunização será feita em duas doses, com intervalo de seis meses, e pretende alcançar 80% dos 120,7 mil usuários de PrEP no Sistema Único de Saúde. Para ser vacinado, será necessário apresentar a receita da medicação, e os locais de vacinação serão definidos pelos serviços de referência onde o usuário é atendido.

A hepatite A é uma inflamação no fígado causada por vírus, cuja gravidade tende a ser maior em adultos. Embora a via mais comum de transmissão seja fecal-oral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou, desde 2016, para o aumento de casos ligados a práticas sexuais, mesmo em países com baixa prevalência. A OMS recomenda a vacina como método preventivo.

No Brasil, o primeiro aumento de casos relacionado a possível transmissão sexual foi registrado em 2017, em São Paulo, com 786 notificações e dois óbitos. Posteriormente, outros surtos atingiram principalmente homens que fazem sexo com homens, grupo que corresponde atualmente a cerca de 80% dos usuários de PrEP no país.

A queda entre as crianças foi expressiva desde a inclusão da vacina no SUS, em 2014. Os casos caíram de 6.261 em 2013 para 437 em 2021 — uma redução de 93% entre todas as idades. Na faixa de 0 a 4 anos, a diminuição foi de 97,3%; entre 5 e 9 anos, chegou a 99,1%. Em 2023, no entanto, os registros voltaram a subir devido ao crescimento entre adultos: dos 2.080 casos notificados, 1.877 foram em pessoas com mais de 20 anos. Homens representaram 69,5% das ocorrências.
Fonte: MS

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Gazeta de Varginha

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