Caso aconteceu em Pouso Alegre (MG). Os documentos que pedem a investigação serão distribuídos à promotoria do MP nesta segunda (8).
O Ministério Público de Minas Gerais recebeu pedidos de investigação sobre a morte do pitbull, em Pouso Alegre (MG). O cachorro foi sacrificado no Centro de Bem-estar Animal da cidade na última semana.
Os documentos foram entregues por vereadores da cidade diretamente no Ministério Público de Pouso Alegre na quinta-feira (4). A distribuição ao promotor que deve conduzir o caso acontece nesta segunda (8).

Além desta, já há duas investigações abertas, sendo um processo administrativo aberto pela Prefeitura de Pouso Alegre e um inquérito na Polícia Civil de Minas Gerais.
Protesto
No sábado (6), a ONG Desabandone Focinhos de Pouso Alegre realizou uma passeata em protesto à morte do cão Aquiles.
Vestidos de branco, os manifestantes seguiram da rodoviária até a Praça Central e exibiram vários cartazes. As frases pediam justiça, o aumento do número de castrações e respeito aos animais.

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Entenda
O pit bull Aquiles era um cão saudável e foi morto na terça-feira (2) depois de ser levado ao canil municipal após ser apreendido nas ruas da cidade. Segundo o boletim de ocorrência, a instituição disse que ele teria sido morto por não haver espaço no local e por causa do histórico de agressividade.
O caso veio à tona após denúncias nas redes sociais nesta quarta-feira (3). Diante da repercussão, a prefeitura divulgou o boletim de ocorrência da apreensão do cão nas redes sociais.
Conforme o BO, os bombeiros foram acionados pelo dono de uma loja para capturar um cão perigoso/agressivo que estaria na frente do estabelecimento comercial e teria avançado nele. No momento em que os bombeiros se preparavam para capturar o cão, ele teria avançado em uma senhora que passeava com um cachorro de pequeno porte.

De acordo com o BO, o pit bull foi capturado e os bombeiros o levaram para o Centro de Bem-Estar Animal. Segundo consta no BO, os funcionários informaram que o local estava com superlotação e não tinha onde deixar o cachorro.
Diante da superlotação e histórico de ataques do cão, segundo o boletim de ocorrência, o centro optou por sacrificar o animal. A justificativa seria a ameaça que o cachorro representava à segurança pública e à população.
Segundo a Prefeitura de Pouso Alegre, o médico veterinário que sacrificou um pit bull no Centro de Bem-Estar Animal foi afastado das funções na sexta-feira (5).
A conduta do profissional será verificada se foi ou não condizente com as normas técnicas aplicáveis. Uma sindicância administrativa foi instaurada. A administração municipal reforçou que não compactua com qualquer tipo de violência contra animais.
A Polícia Civil informou que a denúncia de maus-tratos foi registrada manhã de quinta-feira (4) e abriu inquérito para apurar os fatos.
Repercussão nas redes sociais
O caso ganhou as redes sociais depois que ONGs de proteção animal e vereadores fizeram publicações questionando o método utilizado pela direção do Centro de Bem-Estar Animal.
De acordo com a postagem de uma destas ONGs, o pit bull estava andando pelas ruas de Pouso Alegre desde o dia 29 de dezembro e ninguém havia falado sobre a agressividade do animal.

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