Ministério Público obtém fechamento de indústria por crime ambiental no Sul de Minas
gazetadevarginhasi
27 de mar.
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Uma indústria localizada no município de Munhoz, no Sul de Minas, foi interditada por determinação judicial após ser investigada por poluir reiteradamente o Rio Corrente. A decisão atende a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que ingressou com Ação Civil Pública contra a empresa devido a infrações ambientais recorrentes.
A operação foi conduzida por uma força-tarefa que envolveu a Promotoria de Justiça de Bueno Brandão, o Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais, a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande, a Polícia Militar de Meio Ambiente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e a Fundação Estadual de Meio Ambiente.
A Justiça determinou o lacramento da sede da empresa para impedir a retomada clandestina das atividades, o corte do fornecimento de energia elétrica, a apreensão de bens e equipamentos, além do bloqueio de valores em contas bancárias. Também foi estabelecida a majoração da multa diária em caso de descumprimento da ordem judicial.
De acordo com a investigação, a empresa operava uma lavanderia industrial sem o devido licenciamento ambiental. Além disso, captava água do Rio Corrente, pertencente à bacia do Rio São Francisco, de forma irregular e despejava efluentes com resíduos industriais sem tratamento adequado diretamente no curso d'água. A contaminação chegou a afetar diversos municípios da região, inclusive em outro estado.
As apurações também revelaram que a indústria continuou funcionando apesar de sucessivas autuações, embargos administrativos e até mesmo uma interdição judicial anterior. Com a nova decisão, o MPMG busca garantir que a empresa não volte a operar ilegalmente, evitando mais danos ambientais.
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