
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta sexta-feira (7) que as medidas anunciadas pelo governo para conter o aumento dos preços podem não surtir efeito "na velocidade desejada". A declaração foi feita durante entrevista à Globonews.
Na quinta-feira (6), o vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, divulgou um conjunto de ações para reduzir o custo dos alimentos, com destaque para a isenção de importação para determinados itens.
Fávaro reconheceu que, apesar das medidas, o impacto pode não ser imediato: "É possível que não seja na velocidade que a gente deseja na parte dos preços dos alimentos", disse o ministro.
Ele explicou ainda que o presidente Lula entende a importância de manter o Brasil aberto ao mercado internacional, especialmente para itens como massas, óleos e azeites. Fávaro destacou a ampliação de cotas para o óleo de palma, utilizado pela indústria, que já foram consumidas.
O ministro acredita que as ações do governo, somadas ao Plano Safra e à expectativa de uma "super safra", trarão bons resultados, com a redução dos preços dos alimentos ao longo do tempo. Ele também mencionou que o governo trabalhará com os estados para isentar o ICMS sobre itens da cesta básica onde ainda há tributação.
Medidas para conter os preços
Na quinta-feira, o governo anunciou seis medidas principais para tentar controlar a alta dos alimentos, entre elas a redução da alíquota de importação de vários itens, incluindo:
Açúcar: de até 14% para 0%
Azeite: de 9% para 0%
Biscoitos: de 16,2% para 0%
Café: de 9% para 0%
Carnes: de até 10,8% para 0%
Massas alimentícias: de 14,4% para 0%
Milho: de 7,2% para 0%
Óleo de girassol: de até 9% para 0%
Sardinha: de 32% para 0%
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