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Moradora de Monte Belo Luta na Justiça para Conseguir Equipamento Necessário para Retirada de Tumor no Cérebro


Uma moradora de Monte Belo, no Sul de Minas Gerais, enfrenta uma batalha judicial para conseguir a cirurgia que pode salvar sua visão. Naiara Aparecida de Oliveira, costureira de 30 anos, precisa de um equipamento especializado para a retirada de um tumor benigno na hipófise, uma região do cérebro que é responsável pela liberação de hormônios vitais. O custo do equipamento, necessário para a cirurgia, é de R$ 18 mil, valor que não foi coberto pelo SUS até o momento.


A luta de Naiara começou em maio do ano passado, quando ela começou a sentir dores intensas de cabeça e dificuldade para enxergar. Após realizar uma série de exames, foi diagnosticada com um adenoma hipofisário, um tumor pequeno, mas localizado em uma área delicada do cérebro. Para evitar complicações graves, como sangramentos e danos permanentes à visão, ela precisa passar pela cirurgia o mais rápido possível.


De acordo com o neurocirurgião Guilherme Grossi, a precisão na remoção do tumor é essencial, o que torna o uso do neuronavegador indispensável para o procedimento. A situação é complicada, pois Naiara já passou por várias tentativas frustradas de conseguir o custeio do equipamento pelo SUS. Ela recorreu à Justiça para que a Prefeitura de Monte Belo fornecesse os recursos necessários, mas teve o pedido negado três vezes. A última tentativa foi em setembro, quando o tribunal alegou que a documentação apresentada não atendia aos requisitos legais.


O advogado de Naiara, Júlio Cezar Boneli, disse que novas tentativas estão sendo feitas para garantir o acesso ao tratamento. A gestão do SUS é federal, mas estados e municípios podem se organizar para garantir os direitos dos pacientes em casos como o de Naiara.


O Hospital Alzira Velano, em Alfenas, que atende a região de Monte Belo, possui a equipe necessária para realizar a cirurgia, mas depende da autorização judicial para utilizar o equipamento. O diretor clínico do hospital, Denis Claudino, destacou que, por ser um tratamento de alta complexidade, a responsabilidade de custear o equipamento é do município, que pode firmar parcerias com outras esferas de governo.


A família de Naiara, que já enfrenta seis meses de espera, mantém a esperança de que, em breve, ela possa ser operada e ter sua qualidade de vida restaurada. "Alguém vai ter que me ajudar, porque já esperei muito tempo", afirmou Naiara, angustiada, mas determinada a lutar por sua saúde.


A Prefeitura de Monte Belo, por sua vez, informou que, segundo a legislação, tratamentos de alta complexidade são responsabilidade do estado e da União, e, por isso, não pode arcar com os custos do equipamento necessário para a cirurgia de Naiara.

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