Motorista é indiciado por homicídio de criança e ocultação de cadáver no interior de MG

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Polícia conclui inquérito sobre morte de criança de 10 anos em São Pedro do Suaçuí.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou as investigações sobre o assassinato e ocultação do corpo de uma menina de 10 anos, cujo desaparecimento foi registrado em Água Boa, no Vale do Mucuri. O corpo da vítima foi localizado quatro dias depois, na zona rural de São Pedro do Suaçuí, região do Vale do Rio Doce, a cerca de 70 quilômetros de distância.

A criança havia sido vista pela última vez na noite de 4 de março deste ano. A partir do registro do desaparecimento, equipes das delegacias de Água Boa e Capelinha, além do setor de inteligência da PCMG, iniciaram os trabalhos investigativos, com coleta de depoimentos, imagens de câmeras de segurança e diligências de campo.

No dia 8 de março, moradores encontraram um corpo coberto por tecidos próximo à cachoeira Pele de Gato, em São Pedro do Suaçuí, e acionaram a polícia. Após análise da perícia técnica no local, foi confirmado que se tratava da criança desaparecida.

No dia seguinte, um homem de 56 anos foi preso suspeito do crime. Em depoimento, ele confessou ter cometido o homicídio. Segundo o relato, o investigado, que era motorista da prefeitura de Água Boa, levou a criança até sua casa durante o expediente, oferecendo comida e dinheiro em troca de um ato sexual. Com a recusa da vítima, ele a matou por asfixia e, depois, ocultou o corpo.

Durante a investigação, laudos periciais confirmaram a presença de álcool no organismo da vítima e apontaram politraumatismo cervical como a causa da morte. A polícia também recolheu vestígios na casa do suspeito e identificou danos no veículo oficial usado por ele durante o crime. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a criança desce do carro, visivelmente desorientada.

“O inquérito policial, com 612 páginas, reúne provas robustas que levaram ao indiciamento do suspeito por homicídio triplamente qualificado — por motivo fútil, mediante asfixia e por a vítima ser menor de 14 anos —, além de ocultação de cadáver, crimes contra a dignidade sexual, peculato, dano ao erário municipal e fornecimento de bebida alcoólica a criança”, informou a delegada Junia Nara Rodrigues Rocha Sobral.

O inquérito foi encaminhado à Justiça, com pedido de conversão da prisão temporária em preventiva. Paralelamente, a PCMG instaurou procedimento separado para apurar possível omissão por parte da mãe da vítima.

Fonte: PCMG