Mounjaro gera filas e mercado paralelo antes mesmo de chegar às farmácias
gazetadevarginhasi
6 de mai.
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Antes mesmo de chegar oficialmente às farmácias, o medicamento Mounjaro, utilizado no tratamento de diabetes tipo 2, já provoca grande movimentação no Brasil. Previsto para ser lançado neste mês, o remédio tornou-se alvo de filas em redes de farmácia e de um crescente mercado paralelo. O motivo? Seu uso fora da bula como agente de emagrecimento, o que tem atraído pessoas em busca de perda rápida de peso.
Farmácias em ao menos cinco capitais iniciaram a pré-venda, com preços a partir de R$ 1.400 por unidade. A Anvisa determinou que, dentro de um mês, a apresentação de receita médica será obrigatória para a compra, em uma tentativa de frear o uso indiscriminado.
O remédio, porém, já movimenta o comércio ilegal. Só neste ano, a Polícia Federal apreendeu 1.105 canetas injetáveis contrabandeadas, totalizando R$ 2,7 milhões em produtos irregulares. Especialistas alertam para os riscos do uso sem prescrição e o perigo de produtos falsificados ou manipulados sem controle técnico.
Apesar da aprovação da Anvisa restringir o uso do Mounjaro ao tratamento do diabetes tipo 2, a fama como “emagrecedor milagroso” tem gerado preocupação na comunidade médica. Profissionais de saúde reforçam que a automedicação pode causar sérios efeitos colaterais, especialmente em versões manipuladas e sem supervisão.
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