Mucio defende a liberação de 'inocentes' do 8/1 e a superação do 'revanchismo' para promover a 'pacificação' do país.
gazetadevarginhasi
11 de fev.
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O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, defendeu a ideia de superar o "revanchismo" e liberar "inocentes" ou pessoas com envolvimento menor nos atos de 8 de janeiro como uma forma de contribuir para a "pacificação" do país. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (10), ele afirmou: "Acredito que, ao liberar um inocente ou alguém com menor envolvimento, você está ajudando a pacificar o país. Nosso país precisa ser pacificado, pois ninguém aguenta mais esse radicalismo. Estamos sempre em busca de culpados".
Mucio destacou a necessidade de revisar alguns casos para promover a pacificação, mas enfatizou que isso só será possível quando o "revanchismo" for deixado de lado.
O ministro, que já se mostrou favorável à anistia em situações específicas, defendeu punições severas para os responsáveis pela organização dos atos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. "Estou ansioso para saber quem foram os organizadores.
Para eles, a pena máxima. Sempre defendi que a punição deveria ser proporcional: há aqueles que quebraram uma cadeira e há os que planejaram e financiaram o movimento, o golpe. Se for comprovado, que paguem por isso", declarou.
Ele também fez uma distinção entre os diferentes níveis de envolvimento: "Existem aqueles que apenas pegaram um ônibus, tiraram fotos com o celular, aqueles que entraram e destruíram tudo e os que ficaram do lado de fora. Não podemos tratar da mesma forma quem organizou e financiou o movimento e quem apenas participou. Foi isso que defendi, mas a decisão cabe ao Congresso Nacional".
Apesar de ter usado o termo "golpe" em alguns momentos, Mucio evitou fazer uma classificação definitiva sobre os eventos de 8 de janeiro. "Só saberemos se foi um golpe de fato quando as investigações confirmarem as denúncias", concluiu.
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