Mudança no consignado de 8 anos para aposentados: entenda
gazetadevarginhasi
7 de fev.
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O governo federal anunciou uma importante mudança que visa facilitar o pagamento dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS. O prazo para a quitação desses empréstimos foi ampliado, passando de 84 meses (7 anos) para até 96 meses (8 anos).
A medida, que será implementada por meio de uma instrução normativa, entrará em vigor nesta quinta-feira (6), com a publicação no Diário Oficial da União (DOU), e se aplica às modalidades de consignado, cartão de crédito consignado e consignado de benefício. Essa mudança visa proporcionar mais flexibilidade aos beneficiários, permitindo que eles tenham mais tempo para quitar suas dívidas e renová-las, sem comprometer excessivamente a sua renda mensal.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, explicou que o principal objetivo é dar aos aposentados e pensionistas mais condições de equilibrar suas finanças, com mais margem para realizar novos empréstimos sem que isso prejudique sua capacidade de pagamento. Embora o prazo tenha sido ampliado, o valor máximo de endividamento permanece o mesmo.
De acordo com as regras, as parcelas dos empréstimos consignados não podem comprometer mais do que 45% da renda mensal do beneficiário. Esse limite é distribuído da seguinte forma: 35% para empréstimos pessoais, 5% para o cartão de crédito consignado e 5% para o cartão de benefício. No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), o comprometimento da renda é de até 35%. Em relação às taxas de juros, o governo manteve a mesma política adotada anteriormente, com a taxa de juros do consignado na folha de pagamento limitada a 1,8% ao mês e 2,96% para o cartão de crédito consignado.
No entanto, os bancos têm defendido um aumento nas taxas, sugerindo uma elevação para 1,99% ao mês. Lupi, contudo, afirmou que o governo não está considerando o aumento das taxas de juros, que considera razoáveis e que as taxas praticadas pelo INSS não precisam seguir necessariamente as definidas pelo Banco Central. Essa mudança é vista como uma medida positiva para muitas pessoas que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo que o crédito consignado se torne uma opção mais acessível e menos onerosa, especialmente para aposentados e pensionistas que muitas vezes dependem dessa modalidade de empréstimo para complementar sua renda.
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