Mulheres impulsionam infraestrutura e mobilidade nos países do BRICS
gazetadevarginhasi
31 de mar.
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A quarta edição do Fórum de Mulheres Empreendedoras (WE FORUM 2025) reuniu, em Belo Horizonte (MG), líderes empresariais do Brasil e dos países do BRICS para discutir o protagonismo feminino na inovação e no desenvolvimento econômico. Entre os temas centrais, destacaram-se infraestrutura e mobilidade urbana, setores estratégicos para o crescimento sustentável global. O evento contou com a participação de Ana Cabral, Fernanda Moraes, Hu Zhimin e Elena Chashchina, que compartilharam suas experiências sobre indústria de base, tecnologia e colaboração internacional, reforçando o papel essencial das mulheres na construção de um futuro mais resiliente e inclusivo.
Realizado nos dias 26 e 27 de março, o fórum teve como objetivo fortalecer a presença feminina no ambiente empresarial, fomentar negócios e incentivar parcerias que promovam o empoderamento econômico das mulheres. A diversidade de participantes e a qualidade das discussões marcaram a edição, proporcionando um espaço rico para troca de conhecimento e novas oportunidades de cooperação.
Infraestrutura e mobilidade sob a ótica feminina
O painel dedicado à infraestrutura e mobilidade destacou mulheres que estão transformando o setor. Ana Cabral, CEO e cofundadora da Sigma Lithium, enfatizou as oportunidades que os desafios desses setores representam para os países do BRICS.
"Temos os elementos necessários para construir uma cadeia global resiliente. O capital de investimento disponível em países como os Emirados Árabes e a Arábia Saudita, a abundância de energia em algumas nações do BRICS, a tecnologia avançada da China e da Índia, além dos vastos recursos naturais do Brasil e da Rússia, são peças fundamentais para essa estrutura", afirmou Ana Cabral.
Ela destacou que a colaboração estratégica entre os países do bloco pode impulsionar a inovação e tornar projetos industriais economicamente viáveis.
"Podemos combinar investimentos dos Emirados Árabes, tecnologias chinesas, a expertise de engenheiros brasileiros e energia renovável a baixo custo no Brasil para viabilizar iniciativas industriais de grande escala", exemplificou.
Fernanda Moraes Tauffenbach, sócia da Deloitte Brasil e líder do Infra Mulheres Brasil, complementou essa visão ao abordar os desafios culturais e institucionais na adoção de novas tecnologias. "A inovação não é apenas um desafio técnico. Precisamos entender como esses avanços impactam a sociedade e encontrar maneiras de superá-los", destacou.
Cooperação internacional e transformação socioambiental
Hu Zhimin, executiva da China Communications Construction Company (CCCC), ressaltou a importância da tecnologia socioambiental para transformar o modelo de negócios e promover mobilidade social em um cenário de mudanças climáticas. "Os negócios devem levar em conta os valores sociais e ambientais, garantindo benefícios para todas as partes envolvidas. As mulheres desempenham um papel fundamental nesse processo", afirmou.
Já Elena Chashchina, gerente do grupo de empresas Epotos, da Rússia, reforçou a importância da liderança feminina na infraestrutura e na sustentabilidade. "As mulheres têm facilidade para trabalhar em parceria e criar acordos que beneficiem o desenvolvimento sustentável", pontuou.
Impacto e conexões do WE FORUM 2025
Mônica Monteiro, idealizadora do evento e presidente do Fórum Nacional da Mulher Empresária da CNI, destacou que o fórum fortalece o papel da mulher nos negócios e promove parcerias estratégicas. "O protagonismo feminino pode reduzir desigualdades e transformar a economia global", ressaltou.
Ela acrescentou que o evento se consolidou como um espaço de conexões e crescimento. "O Brasil tem diversidade, criatividade e oportunidades que conseguimos apresentar às delegações da China e da Rússia. Estamos certos de que parcerias importantes surgirão desse encontro", afirmou.
O WE FORUM 2025 reforçou a necessidade de cooperação entre os países do BRICS e de um olhar inovador para os desafios da infraestrutura e mobilidade. Com planejamento estratégico e investimentos direcionados, o bloco pode transformar desafios em oportunidades e liderar a inovação nesses setores essenciais para o futuro da economia global.
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