Mutirão de Cirurgias Plásticas Reconstrutoras Beneficia Mulheres no Hospital Júlia Kubitschek
Seis mulheres que aguardavam pela reconstrução das mamas (pós-mastectomia) foram operadas durante o segundo mutirão de cirurgias plásticas do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), em Belo Horizonte.
Os procedimentos ocorreram no dia 22/6, ao longo de 12 horas, para atender a demanda reprimida pela pandemia da covid-19. Neste ano, o Serviço de Cirurgia Plástica já promoveu dois mutirões com intervalo inferior a 45 dias entre eles, beneficiando 12 pacientes. A expectativa é que, a partir de agora, os mutirões tenham periodicidade trimestral para diminuir a lista de espera.
As ações são realizadas aos sábados, e os pacientes geralmente recebem alta no dia seguinte. Após os procedimentos, retornam ao HJK para os acompanhamentos pós-operatórios necessários.
O Serviço de Cirurgia Plástica do HJK atende cerca de 30 pacientes por dia no ambulatório e realiza uma média de cinco procedimentos cirúrgicos, às terças e sextas-feiras, abrangendo desde pequena até grande complexidade. Os atendimentos são destinados aos pacientes do HJK, do Hospital Alberto Cavalcanti (HAC) e aos encaminhados pela Central de Internação regulada pelo Sistema Nacional de Regulação (Sisreg).
Os mutirões têm a função de atender quem aguarda pelo procedimento, dinamizar os plantões do serviço e promover a formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do ensino dos médicos residentes. O cirurgião plástico e coordenador do serviço, Guilherme Greco, destaca a importância da reconstrução mamária para a autoestima e reintegração social das mulheres, ressaltando a necessidade de um acompanhamento multidisciplinar.
Valéria Magali Moraes Vieira, de 56 anos, é uma das beneficiadas pelo mutirão. Paciente do HAC, ela aguardava pela reconstrução mamária há um ano e meio. Após a cirurgia, realizada no mutirão, Valéria se diz feliz e satisfeita com o resultado, autodenominando-se uma "vovó turbinada".
Outra paciente, Jussara Fernandes Resende, de 46 anos, também compartilha o entusiasmo com os resultados da reconstrução. Ela destaca a melhoria na autoestima e agradece pelo cuidado recebido no hospital.
Lúcia Maria Ribeiro, de 52 anos, também foi beneficiada pelo mutirão. Após aguardar pela cirurgia reconstrutora desde 2021, Lúcia ressalta a importância da fé e da resiliência para superar os desafios.
Durante a pandemia da covid-19, a equipe de Cirurgia Plástica foi transferida para o Hospital Alberto Cavalcanti para atender às demandas por reconstrução de mamas e de face. Com o término da emergência sanitária e a conclusão das obras no bloco cirúrgico do HJK, o serviço retornou ao hospital, aumentando o número de atendimentos e consolidando sua atuação.
O Serviço de Cirurgia Plástica do HJK existe desde 2003 e é uma referência em cirurgia reparadora para o SUS. Coordenado por Guilherme Greco há 10 anos, o setor integra a coordenação das Clínicas Cirúrgicas do CHE, gerida pelo médico Tarcísio Versiani.
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