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Número de mulheres presas com drogas no estômago cresce mais de 300% no Brasil

O número de mulheres presas por transportar drogas no estômago explodiu no Brasil, crescendo mais de 300% no último ano. Apenas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, 174 pessoas foram flagradas nessa situação em 2024. O dado reflete a ação cada vez mais intensa das organizações criminosas, que aliciam mulheres vulneráveis para atuar como "mulas do tráfico".
Muitas dessas presas são estrangeiras, sem antecedentes criminais, e aceitam o risco por desespero financeiro. Na Penitenciária Feminina Santana, em São Paulo, a maioria das presas por tráfico é boliviana. Algumas relataram que aceitaram a missão para sustentar filhos ou pagar tratamentos médicos.
Um dos casos é o de uma sul-africana de 38 anos, presa com 10 quilos de cocaína. Ela receberia US$ 2 mil (cerca de R$ 11 mil) pelo transporte e afirmou que aceitou a proposta para custear um tratamento contra câncer no útero. Detida no Brasil, teve que passar por cirurgia e agora se prepara para a quimioterapia na prisão.
A advogada criminalista Achley Wzorek explica que essas mulheres geralmente não fazem parte da organização criminosa, mas são cooptadas com promessas de dinheiro fácil. Apesar disso, enfrentam penas severas de 5 a 15 anos de prisão, com poucas chances de defesa, já que muitas não têm advogados particulares e dependem da Defensoria Pública.
Com o aumento expressivo dos casos, autoridades reforçam o monitoramento nos aeroportos, enquanto prisões femininas continuam abarrotadas de estrangeiras presas pelo tráfico.

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Gazeta de Varginha

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