Na última semana, Minas Gerais registrou um aumento de 53 mortes relacionadas à dengue, mantendo o estado como líder em casos prováveis dessa doença no Brasil.

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Apesar da diminuição das chuvas, o sistema de saúde mineiro continua a lidar com o impacto da dengue. Segundo a atualização do painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o número de óbitos decorrentes da doença aumentou de 158 para 211, entre quarta-feira passada e ontem (10 de abril). Isso representa uma média de sete mortes diárias de pacientes infectados. As faixas etárias mais afetadas concentram-se entre 70 e 79 anos, enquanto há ainda 653 óbitos em processo de investigação.

Minas Gerais lidera em casos prováveis de dengue no país, totalizando 977.829 ocorrências, sendo mais de 390 mil casos confirmados desde o início do ano epidêmico. Os dados da SES-MG revelam que quase metade dos diagnosticados com a doença têm entre 10 e 29 anos, representando 49% do total.

Quanto à vacinação, 52 municípios mineiros, incluindo Belo Horizonte, deram início à vacinação contra a dengue utilizando o imunizante Qdenga, disponibilizado pela rede pública. A campanha, realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sob coordenação do Ministério da Saúde, visa atingir crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. No entanto, a ampliação desse público-alvo enfrenta obstáculos devido à limitação no número de doses fornecidas pela farmacêutica japonesa Takeda.

Medidas de prevenção recomendadas incluem a eliminação de água parada em qualquer recipiente, como vasos de plantas, pneus, calhas e lajes, além de manter caixas d'água e tonéis devidamente tampados. O uso de repelentes e roupas que protejam contra picadas de mosquito, a instalação de telas de proteção em janelas e portas, a limpeza e vedação de ralos, bem como a denúncia de focos de reprodução do mosquito às autoridades sanitárias também são medidas importantes para prevenir a propagação da dengue.

Fonte: O Tempo