O preço do petróleo aumenta com a expectativa de novas sanções e uma demanda mais elevada.
11 de jan.
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Os contratos futuros de petróleo encerraram em alta nesta quinta-feira (9), dando continuidade à valorização da commodity no início do ano, impulsionada pela expectativa de novas restrições na oferta, principalmente devido a possíveis sanções relacionadas a tensões geopolíticas. Além disso, o petróleo tem se beneficiado de sinais renovados de uma demanda mais robusta do que o esperado.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com vencimento em fevereiro subiu 0,81% (US$ 0,60), para US$ 73,92 por barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,00% (US$ 0,76), fechando a US$ 76,92 por barril.
A tendência de alta nos preços do petróleo no começo do ano levou os analistas do Citi Research a revisar para cima suas previsões para o primeiro trimestre, embora permaneçam cautelosos para o restante de 2025.
"Os mercados de petróleo estão se recuperando devido ao impacto geopolítico potencialmente maior sobre as exportações do Irã e ao clima frio, que está aumentando a demanda por aquecimento e afetando a oferta de petróleo nos EUA", disseram os analistas do Citi.
O Citi ajustou sua previsão para o preço médio do Brent no primeiro trimestre para US$ 71 por barril, em comparação com os US$ 65 estimados anteriormente, "já que a compra de petróleo iraniano pelos compradores chineses foi mais fraca do que o esperado, por enquanto", afirmaram. Também se esperam possíveis quedas nas exportações de petróleo bruto da Rússia.
O WTI foi revisado para uma média de US$ 67 por barril no primeiro trimestre, acima dos US$ 61 previstos anteriormente.
No entanto, o banco permanece pessimista para o restante do ano, prevendo que o preço do Brent caia para US$ 60 a partir do segundo trimestre, devido a um aumento nos estoques superiores ao esperado.
Os fatores geopolíticos "parecem ser mais impulsionados por sentimentos, incluindo a possibilidade de sanções mais severas dos EUA ao Irã, o que reduziria a oferta", destacou o Citi. Contudo, a extensão do impacto na oferta continua incerta até que o governo de Donald Trump assuma, acrescentaram os analistas.
Para a Capital Economics, há vários riscos negativos a serem monitorados.
"No mercado de petróleo, estamos considerando a possibilidade de uma mudança significativa na política petrolífera da Arábia Saudita, incluindo um cenário de sobreabundância de oferta, na ordem de 25-30% este ano. Embora as tensões entre os membros da Opep+ tenham diminuído desde outubro, ainda há dúvidas sobre se elas desapareceram completamente", avaliaram.
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