O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), abordou a escassez de imóveis diante do grande número de desabrigados na cidade
- Elisa Ribeiro
- 16 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Divulgação
Com as enchentes recentes, aproximadamente 15 mil pessoas perderam suas residências na capital gaúcha, um desafio que Melo considera significativo e que, segundo suas estimativas, pode dobrar.
Melo destacou a dificuldade de encontrar acomodações adequadas para os desabrigados, mencionando que alguns abrigos já estão atingindo o limite de capacidade. Ele ressaltou a importância de resolver essa questão de moradia com urgência e enfatizou a falta de imóveis disponíveis. Além disso, ele mencionou a necessidade de um plano de habitação por parte do governo federal para lidar com a situação.
Em entrevista à imprensa, Melo expressou preocupação com a duração da estadia dos desabrigados nos abrigos temporários, reconhecendo os desafios de convivência e logística que surgem com o tempo prolongado. Ele também reconheceu as críticas sobre a suposta negligência na manutenção do sistema de proteção contra enchentes e afirmou que medidas insuficientes foram tomadas até o momento, destacando a necessidade de revisão do sistema.
Para lidar com a crise, Melo mencionou ter contratado uma consultoria para auxiliar na captação de fundos para a reconstrução da cidade. Ele ressaltou a importância da cooperação entre os diferentes níveis de governo e enfatizou que a crise exige esforços conjuntos.
Quanto às opções de moradia temporária e permanente para os desabrigados, Melo mencionou várias alternativas, incluindo a compra assistida de imóveis, bônus-moradia, aluguel social e moradia solidária. Ele reconheceu a complexidade da situação, considerando não apenas as necessidades de moradia, mas também as questões econômicas e sociais envolvidas, especialmente para os afetados de baixa renda.
Sobre a proposta de criar uma cidade provisória para 10 mil habitantes na zona norte, Melo esclareceu que não há espaço suficiente em Porto Alegre para isso e que a ideia foi mal interpretada pela mídia. Ele também reconheceu que, apesar dos investimentos feitos no sistema antienchente, estes não foram suficientes, defendendo a necessidade de revisão contínua do sistema.
Em relação à sua posição política, Melo afirmou que está focado em cumprir seu mandato com responsabilidade, sem se preocupar com a reeleição. Ele enfatizou a importância de abordar a crise de maneira não partidária e cooperativa.
Fonte: Revista Oeste
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