A Petrobras reportou um prejuízo de R$ 2,605 bilhões no segundo trimestre deste ano, conforme divulgado pela companhia nesta quinta-feira (8). Este é o primeiro resultado negativo da estatal desde o terceiro trimestre de 2020, quando o prejuízo foi de R$ 1,5 bilhão. No mesmo período do ano passado, a empresa havia registrado um lucro de R$ 28,782 bilhões, e nos três primeiros meses deste ano, os ganhos foram de R$ 23,7 bilhões.
Esse balanço financeiro marca o primeiro sob a liderança de Magda Chambriard, que assumiu a presidência da Petrobras em junho, após a saída de Jean Paul Prates, em meio a controvérsias relacionadas ao pagamento de dividendos pela empresa.
Pouco antes de divulgar o balanço, a estatal também anunciou a aprovação do pagamento de R$ 13,57 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.
Segundo a Petrobras, o prejuízo foi principalmente impactado pela variação cambial no período e por um acordo tributário bilionário firmado com o governo federal para quitação de dívidas fiscais e tributárias, que somam R$ 45 bilhões. Em junho, a companhia aderiu a um processo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Receita Federal para encerrar essas pendências.
Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, explicou que, sem esses eventos extraordinários, o lucro líquido do segundo trimestre teria sido de US$ 5,4 bilhões, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teria alcançado US$ 12 bilhões, em linha com o trimestre anterior. Melgarejo também ressaltou que a companhia manteve uma forte geração de caixa no período, permitindo a realização de US$ 3 bilhões em investimentos e o cumprimento da política de remuneração aos acionistas.
Ele destacou que o resultado líquido do trimestre deve ser analisado à luz de eventos que impactaram o resultado contábil, mas sem efeitos relevantes no caixa da empresa.
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