ONU lança programa para promover respeito aos direitos humanos nas corporações
- Elisa Ribeiro
- 23 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Divulgação
A Rede Brasil do Pacto Global da ONU lançou hoje uma ferramenta que permite às empresas realizar autodiagnóstico em direitos humanos em questão de minutos. Essa iniciativa visa apoiar a gestão e aprimorar o direcionamento das atividades de direitos humanos nas empresas.
Desenvolvida no âmbito da Aliança pelos Direitos Humanos e Empresas, que é uma parceria entre o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Rede Brasil, a ferramenta BHR Gap Analysis já está disponível gratuitamente para todas as empresas interessadas, com participação voluntária. Tayná Leite, gerente executiva de Direitos Humanos e Trabalho do Pacto Global da ONU - Rede Brasil, destaca que essa é uma ferramenta inovadora criada internamente, com o apoio técnico do Centro de Empresas e Direitos Humanos da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Por meio de um autodiagnóstico realizado por meio de um questionário estruturado, a ferramenta fornece de forma automatizada orientações sobre os próximos passos que a empresa pode adotar para aprimorar o respeito aos direitos humanos.
Tayná explica: "A partir desse autodiagnóstico, que funciona como uma espécie de simulado, a empresa obtém automaticamente uma visão de sua posição atual em relação aos direitos humanos - se está em nível iniciante, intermediário ou avançado - e quais são as áreas que precisa melhorar em suas práticas de direitos humanos".
Além de ter um propósito educacional, com questionários e orientações específicas para empresas de diferentes portes, a BHR também visa coletar dados para pesquisas sobre a situação dos direitos humanos no setor empresarial brasileiro. Os dados serão anonimizados e agregados para permitir análises por setor, região, porte e outros recortes relevantes para o desenvolvimento de produtos, ferramentas e pesquisas na área.
A expectativa é que a ferramenta seja utilizada por pelo menos 500 empresas, e os dados coletados serão apresentados no primeiro Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Empresas, realizado no âmbito da Aliança pelos Direitos Humanos e Empresas.
Tayná também destaca que a ferramenta passará por atualizações, incluindo módulos específicos relacionados aos direitos humanos de crianças e adolescentes, povos originários e comunidade LGBTQIAPN+. Além disso, estão previstos módulos relacionados à legislação internacional, dependendo da matriz de capital da empresa e das legislações dos países em que atuam.
O objetivo é que a ferramenta seja um instrumento abrangente que as empresas possam utilizar para aprendizado, acompanhamento e monitoramento de suas práticas e atividades relacionadas aos direitos humanos.
Fonte: Agencia Brasil
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