ONU relata aumento de execuções de soldados ucranianos pela Rússia
5 de fev.
Reprodução
A Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU informou na segunda-feira (3) que houve um aumento alarmante nas execuções de soldados ucranianos capturados pelas forças russas nos últimos meses. Desde agosto do ano passado, foram registrados 79 casos de execução em 24 incidentes separados.
De acordo com a missão, muitos dos soldados ucranianos que se renderam ou estavam sob custódia das forças russas foram mortos a tiros no local. Testemunhas relataram que as vítimas eram frequentemente desarmadas e feridas. A ONU ressaltou que o direito internacional humanitário proíbe a execução de prisioneiros de guerra e considera tal ato um crime de guerra.
O Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, comentou que essas atrocidades russas exigem ação internacional imediata. "As horríveis execuções de prisioneiros de guerra ucranianos pela Rússia demonstram que a Ucrânia enfrenta verdadeiras feras", afirmou, pedindo por medidas legais internacionais eficazes.
A missão da ONU, que obteve e analisou materiais fotográficos e vídeos de fontes ucranianas e russas, além de realizar entrevistas com testemunhas, destacou que as execuções ocorreram em áreas de ofensivas russas. Danielle Bell, chefe da missão, mencionou que algumas autoridades russas teriam pedido explicitamente por tratamento desumano e até execução de prisioneiros ucranianos.
A missão também documentou a execução de um soldado russo ferido pelas forças ucranianas em 2024, embora não tenha dado mais detalhes sobre o caso. O governo ucraniano está investigando vários outros casos de execuções de seus militares pelas forças russas.
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