Operação Éris: Polícia Civil aponta plano de assassinato por herança e prende mandantes e executores

Divulgação

Polícia Civil prende cinco pessoas por duplo homicídio ligado à disputa de herança em Ubá.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou nesta quarta-feira (7/5), em Ubá, na Zona da Mata, a operação Éris, voltada para o cumprimento de cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão relacionados a um duplo homicídio ocorrido em dezembro de 2023. A ação, realizada por equipes da Delegacia Regional de Ubá, marca um avanço significativo nas investigações do caso, que envolvem uma complexa trama familiar movida por disputa de herança.

Entre os detidos estão uma médica e seu marido, um advogado. Ambos são apontados como mandantes do assassinato do irmão e do sobrinho da médica, em um crime que teria como motivação uma herança avaliada em cerca de R$ 30 milhões em propriedades rurais. Outros três homens, presos na mesma operação, são investigados como os executores diretos do crime.

Durante os mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram quantias expressivas em dinheiro, cheques, além de armas de fogo, munições e outros materiais que agora integram as provas da investigação.

O crime aconteceu em 19 de dezembro de 2023, na zona rural de Guidoval, município vizinho a Ubá e Guiricema. As vítimas, pai e filho, foram abordadas em sua residência por três homens armados que se apresentaram como policiais civis, usando distintivos e uniformes falsos. Alegando levá-los até uma delegacia, os suspeitos colocaram as vítimas no carro. Durante o trajeto, houve uma tentativa de reação, culminando em disparos de arma de fogo. O veículo saiu da estrada, e os criminosos fugiram, roubando outro carro nas imediações para escapar.

As investigações indicam que o crime foi cuidadosamente planejado, com detalhes que apontam para premeditação e uso de táticas de engano. Segundo o delegado Douglas Motta, responsável pelo caso, os trabalhos da PCMG continuam com o objetivo de identificar todos os envolvidos e garantir a responsabilização penal dos acusados.

O nome da operação, Éris, faz alusão à deusa grega da discórdia, conhecida por gerar conflitos e desavenças. A escolha do nome remete diretamente à motivação do crime: um litígio familiar impulsionado por interesses patrimoniais, que resultou em violência e morte.

Fonte: PCMG