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Operação da PF revela plano de golpe e levanta novas questões sobre Braga Netto e Bolsonaro

Operação da PF revela plano de golpe e levanta novas questões sobre Braga Netto e Bolsonaro
Agencia Brasil
A Polícia Federal realizou uma operação que trouxe à tona detalhes de um suposto plano para assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, além de instaurar um golpe de Estado em 2022. Entre os investigados estão militares e membros de alto escalão, mas questões-chave permanecem sem resposta, como a ausência de medidas contra o ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto, e o impacto das revelações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro.

1) Por que Braga Netto não foi preso?
Embora a investigação aponte que o general Braga Netto teve papel relevante no planejamento golpista, ele não foi alvo de prisão preventiva. Especialistas indicam que a decisão pode ter sido estratégica, evitando tensões políticas e institucionais com as Forças Armadas.

O criminalista Davi Tangerino sugere que a prisão de Braga Netto poderia intensificar a pressão por medidas contra Bolsonaro. “Se prende o Braga Netto, só faltaria o Bolsonaro na hierarquia do golpe. O STF pode estar aguardando mais elementos antes de avançar nesse sentido”, avalia.

2) Por que a emboscada a Moraes foi abortada?
Outro ponto em aberto é a razão pela qual os suspeitos desistiram de uma emboscada contra Alexandre de Moraes, planejada para dezembro de 2022. A investigação indica que o grupo, identificado por codinomes como “Brasil”, “Gana” e “Japão”, monitorava o ministro e chegou a posicionar agentes próximos ao local onde o carro de Moraes passaria.

As mensagens revelam que a operação foi cancelada minutos antes de sua execução. A relação entre a desistência e o adiamento de uma sessão do STF naquela data ainda não foi esclarecida pela PF.

3) Quais são as implicações para Bolsonaro?
Embora Bolsonaro não tenha sido alvo direto desta operação, ele segue sendo investigado em inquéritos relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e a outros supostos planos golpistas. Elementos divulgados indicam o envolvimento de pessoas próximas ao ex-presidente, como Mauro Cid e o general Mario Fernandes, que teria relatado em áudio conversas diretas com Bolsonaro sobre ações contra o governo eleito.

Caso a PF conclua que Bolsonaro participou desses planos, ele poderá ser indiciado, levando a Procuradoria-Geral da República a avaliar uma denúncia criminal.

Impactos políticos e jurídicos
A operação reforça o debate sobre anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos. O ministro Gilmar Mendes, do STF, declarou que discutir anistia neste momento seria “irresponsável”, dado o quadro apresentado pela investigação.

Além disso, a pressão aumenta para que novas ações sejam tomadas contra líderes políticos e militares envolvidos, enquanto o cenário jurídico para Bolsonaro e seus aliados continua a se complicar.
Fonte: BBC News

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Gazeta de Varginha

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