Operação Latus Actios investiga policiais civis por propina de MC Ryan e MC Brisola
13 de dez. de 2024
Reprodução
A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo realizaram na quinta-feira (12) a segunda fase da operação Latus Actios, que investiga policiais civis supostamente envolvidos em esquemas de propina. MC Ryan e MC Brisola, além do empresário Vitor Hugo dos Santos, são acusados de pagar subornos para evitar investigações relacionadas a rifas ilegais milionárias e apostas esportivas.
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em São Paulo, Mauá, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos. A operação visa apurar possíveis conexões entre as personalidades do funk e o Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvendo lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
Em mensagens interceptadas, MC Ryan admitiu que sabia da ilegalidade das rifas, mas priorizava manter sua conta no Instagram, onde fazia as divulgações. Ele considerou "valer a pena" pagar R$ 50 mil a agentes civis para evitar perder o acesso à rede social, que era fonte de grande parte de sua renda.
MC Brisola também foi citado por tentar subornar policiais de Santo André com R$ 20 mil para arquivar uma investigação sobre sorteios ilegais. A Secretaria de Segurança Pública ainda não se pronunciou sobre o caso.
A operação Latus Actios é mais um esforço para combater a corrupção policial e esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao entretenimento, trazendo à tona a complexa relação entre o mundo do funk e o crime organizado.
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