Operação Libertatis 2 desmantela organização criminosa de falsificação de cigarros e tráfico de pessoas
gazetadevarginhasi
27 de mar.
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Reprodução
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira, 27 de março, a Operação Libertatis 2, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa armada e transnacional, especializada na falsificação e comercialização de cigarros, utilizando trabalho análogo à escravidão e envolvimento em tráfico de cidadãos paraguaios, entre outros crimes. A operação, que contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), resultou no cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva, 26 mandados de busca e apreensão e 12 medidas cautelares diversas, incluindo a suspensão de funções de um policial rodoviário federal.
Além dos mandados judiciais, a operação também emitiu ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, totalizando cerca de R$ 350 milhões em imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie, valores bancários, entre outros itens.
A investigação, iniciada em fevereiro de 2023, surgiu após a descoberta de três fábricas clandestinas de cigarros falsificados. Durante a operação, trabalhadores paraguaios foram resgatados de condições análogas à escravidão. A organização criminosa era responsável pela falsificação de cigarros, pelo uso de trabalho escravo e pela violência imposta a comerciantes, obrigados a adquirir e revender seus produtos. A estrutura do grupo incluía células de segurança com a participação de policiais militares, bombeiros e um policial federal, além de núcleos responsáveis pelo fornecimento de insumos e mão de obra escrava, bem como pelo transporte da mercadoria, com envolvimento de um policial rodoviário federal.
Os lucros provenientes das atividades ilícitas eram lavados e enviados irregularmente para o exterior. O modus operandi da organização, que envolvia o domínio territorial e a imposição de violência, remete ao utilizado por grupos de exploração de jogos ilegais no Rio de Janeiro.
A operação é fruto de um trabalho conjunto entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA) – ligado à SEPOL/PCERJ – e à Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJSP), com o apoio da Receita Federal.
Os investigados poderão responder por crimes como: organização criminosa, redução a condição análoga à escravo, tráfico de pessoas, crimes contra a saúde pública, fraude no comércio, sonegação fiscal, crime contra a relação de consumo, falsificação de documentos, violação de direitos autorais, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
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