Operação tem como alvo uma grande organização de tráfico de anabolizantes clandestinos no RJ
15 de jan.
Reprodução
Uma grande operação foi deflagrada nesta terça-feira (14) com o objetivo de desmantelar uma quadrilha de tráfico de anabolizantes clandestinos que atuava em diversas regiões do Brasil. A ação cumpre 15 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Maricá e até no Distrito Federal.
A Operação Kairós está sendo coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em parceria com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio. As investigações apontam que empresas como Next Pharmaceutic, Thunder e Plus Suplementos fazem parte de um esquema criminoso responsável pela venda ilegal de anabolizantes no país. A quadrilha é considerada uma das maiores desse tipo no Brasil.
Até o momento, 14 pessoas foram presas, e um dos envolvidos segue foragido. A operação é fruto de uma investigação iniciada em julho de 2024, quando a polícia, em colaboração com os Correios, identificou remessas diárias de anabolizantes enviadas para vários estados brasileiros.
As substâncias eram produzidas de maneira ilegal, sem a devida fiscalização sanitária, e continham componentes tóxicos prejudiciais à saúde, como repelentes de insetos. A movimentação financeira do grupo foi grande, com R$ 80 milhões circulando nas contas de alguns dos investigados. Desde o início das investigações, mais de 2 mil unidades de produtos ilegais foram apreendidas, gerando um prejuízo de R$ 500 mil para a quadrilha.
O GAECO já denunciou 23 pessoas por diversos crimes, incluindo associação criminosa, falsificação, corrupção e adulteração de produtos terapêuticos. Esses produtos eram comercializados em sites e redes sociais, sem informações adequadas sobre os riscos à saúde.
A quadrilha também patrocinava eventos de fisiculturismo, atletas profissionais e pagava influenciadores digitais para promover os produtos, com pagamentos que ultrapassavam R$ 10 mil mensais.
As investigações continuam em andamento para localizar mais envolvidos, como revendedores e atletas que ajudavam a expandir o esquema criminoso.
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