Jesus: quem é? Apuramos como O enxergam nas diversas tradições religiosas e espiritualistas
Jesus de Nazaré é a figura mais influente da história mundial, e sua presença é reconhecida de maneiras diversas em diferentes tradições religiosas e espirituais. A compreensão de quem foi Jesus varia de acordo com as crenças, doutrinas e tradições de cada religião.
No Cristianismo, Jesus é central e considerado o Filho de Deus, o Messias prometido no Antigo Testamento. Os cristãos acreditam que Jesus é a encarnação divina, que veio à Terra para salvar a humanidade do pecado por meio de sua vida, morte e ressurreição. Ele é visto como o salvador, o exemplo supremo de amor e misericórdia Jesus, e a figura que revela a natureza de Deus para os fiéis.
No Islamismo, Jesus (conhecido como Isa) é considerado um dos grandes profetas de Deus, enviado para guiar os israelitas. Os muçulmanos não o veem como o Filho de Deus, mas como um mensageiro especial, nascido de uma virgem, que realizou milagres com a permissão de Deus. O Islamismo rejeita a ideia da divindade de Jesus e acredita que ele não foi crucificado, mas que foi elevado ao céu por Deus.
No Judaísmo, Jesus é geralmente visto como uma figura histórica, mas não como o Messias ou uma figura divina. Os judeus não aceitam Jesus como o salvador ou o filho de Deus, e sua vida e ensinamentos não fazem parte das escrituras judaicas tradicionais. Para o judaísmo, Jesus pode ter sido um mestre ou líder religioso, mas não uma figura central na fé.
No Hinduísmo, Jesus pode ser visto como um sábio, um guru ou uma encarnação divina (avatar), dependendo da interpretação individual ou de tradições específicas. Algumas correntes consideram Jesus uma manifestação de Deus, enquanto outras o veem como um grande mestre espiritual que veio ensinar valores universais de amor e compaixão.
O Budismo, que não centra sua prática em uma divindade criadora, geralmente vê Jesus como um mestre iluminado ou um bodisatva, alguém que atingiu um alto nível de realização espiritual e veio ensinar o caminho para a libertação do sofrimento. Algumas tradições budistas admiram sua compaixão e ensinamentos éticos.
No Espiritismo, codificado por Allan Kardec, Jesus é considerado um espírito superior, um guia moral e um mestre que veio à Terra para promover a evolução espiritual da humanidade. Sua vida e ensinamentos são vistos como exemplos de amor, perdão e caridade, essenciais para o progresso espiritual dos seres humanos.
No Rastafarismo e religiões Afro, Jesus é visto como uma figura importante, muitas vezes identificado com o Cristo negro, símbolo de resistência contra a opressão e o racismo. Para os afrodescendentes e rastafáris, Jesus representa esperança, libertação e a conexão com a espiritualidade africana. Em algumas tradições, ele é considerado uma expressão do divino que veio para trazer salvação e justiça.
O Gnosticismo vem Jesus como um mestre espiritual que trouxe conhecimento (gnoses) para a humanidade, permitindo que as pessoas despertassem para sua verdadeira natureza divina e se libertassem do mundo material, considerado ilusório e imperfeito.
Concluindo, a figura de Jesus é multidimensional e ajuda validar a ideia de muitos autores e filósofos: que todos os humanos nascem com uma divindade na alma, esperando que a vida continue, é uma reflexão profunda que atravessa várias tradições filosóficas e espirituais. Essa perspectiva sugere que há uma centelha divina ou uma essência sagrada inerente a cada pessoa, uma conexão com algo maior que transcende a existência material. Essa presença interior pode ser vista como uma esperança ou uma busca constante por significado, continuidade e união com o divino ou o absoluto.
Para nós, que sempre escrevemos sobre teologia e filosofia, Deus é um axioma; temos certeza que a Sua existência é a lógica de tudo, não sofremos de ceticismo da fé, apenas, questionamos certas interpretações que alguns fizeram questão de adotarem, contudo, todos são livres para pensar.
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