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Opinião com Luiz Fernando Alfredo - 05/06/2025

  • gazetadevarginhasi
  • 5 de jun.
  • 3 min de leitura


Sempre ficamos intrigados com a dívida pública mundial. Doc. 2

Em 2023, ela atingiu US$ 307 trilhões, o que corresponde a aproximadamente 336% do PIB mundial.

Diversas vezes, discutimos o risco que essa dívida representa para o planeta, especialmente em relação ao PIB, assim como às dívidas de governos e famílias decorrentes de empréstimos. Como essa "ciranda" poderá terminar? O crescimento do PIB não tem sido suficiente para quitar esses volumes de dívida, o que pode gerar consequências irreparáveis, como fome, falências de empresas e crises econômicas em vários países.
A situação da dívida pública em relação ao PIB, assim como as dívidas de famílias e empresas, é um tema complexo e interligado, que pode afetar significativamente a estabilidade econômica e social global. A relação entre esses fatores é crucial para a saúde das economias.
Após os gastos elevados durante a pandemia de COVID-19, muitos países apresentam níveis altos de dívida pública em relação ao PIB. Essa dívida elevada pode limitar a capacidade dos governos de investir em serviços sociais, infraestrutura e crescimento econômico.
Além disso, o aumento das taxas de juros, como medida para combater a inflação, torna mais difícil para famílias e empresas honrarem suas dívidas, o que pode levar a inadimplência, falências e desemprego.
Em muitos casos, o crescimento do PIB não acompanha o ritmo do aumento da dívida. Esse desequilíbrio pode ser agravado por choques externos, como crises geopolíticas, que afetam o comércio e a confiança dos consumidores.
Quando a dívida é elevada e o crescimento econômico é lento, os governos podem ser forçados a cortar gastos públicos, prejudicando programas sociais e serviços essenciais. Isso pode aumentar a pobreza e a fome, especialmente em países em desenvolvimento.
Se as empresas não conseguirem pagar suas dívidas, ocorrerão mais falências, criando um ciclo vicioso de desemprego e redução da demanda no mercado.
A desigualdade crescente e a falta de oportunidades podem gerar insatisfação social e instabilidade política, agravando ainda mais a situação econômica.
Um possível "estopim bélico" poderia exacerbar esses conflitos, levando ao aumento dos gastos militares em detrimento de investimentos sociais, e aprofundando a instabilidade econômica. Conflitos também podem interromper cadeias de suprimentos, elevar preços de commodities e gerar crises humanitárias.
Para enfrentar esses desafios, os países podem precisar implementar reformas fiscais e estruturais que melhorem a eficiência do gasto público e estimulem um crescimento sustentável.
A cooperação internacional será fundamental para lidar com crises globais, como a fome e a instabilidade econômica. Programas de ajuda e investimentos conjuntos em desenvolvimento podem ser essenciais.
Investimentos em tecnologia e práticas sustentáveis podem impulsionar o crescimento econômico de forma a atender às necessidades atuais, sem comprometer as futuras gerações.
A "ciranda" da dívida é um ciclo complexo, que talvez exija abordagens inovadoras e heterodoxas para ser resolvido. Uma combinação de políticas fiscais responsáveis, investimentos estratégicos e cooperação internacional pode ajudar a mitigar os riscos associados a esses altos níveis de dívida e garantir um futuro mais estável e sustentável a longo prazo.
Se pensarmos no cenário global atual, é preocupante imaginar que, se as tensões persistirem e agravarem-se, poderemos estar à beira de uma nova guerra mundial ou de uma guerra comercial, como a que alguns instigam, por exemplo, por figuras como Donald Trump.
Se perderem o juízo, os países podem arriscar tudo, sacrificando os mais vulneráveis. E, se essa crise se aprofundar, restarão poucas pedras sobre as pedras, com dívidas que só tendem a aumentar, agravadas por conflitos e guerras. É como se cada pessoa no mundo devesse aproximadamente US$ 30 mil.
Ouvimos uma palestra do gênio Paulo Guedes, ele não entrou em tal contexto, porém, por nossa conta, tomamos a liberdade de arriscar um pensamento mais catastrófico: Muitos morrerão de fome!
O raciocínio lógico dos homens esta implodindo e permanecendo inerte, enquanto que a ignorância explode, contaminando a todos.

Luiz Fernando Alfredo

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