Liev ou em português Leão ou Leon Tolstói, um dos maiores escritores da literatura mundial, é conhecido não apenas por suas obras-primas, como "Guerra e Paz" e "Anna Karenina", mas também por sua profunda reflexão sobre a condição humana, a busca pela felicidade e a crise existencial. Sua vida pessoal, marcada por desafios e transformações, serve como um exemplo inspirador de superação e busca por um sentido mais profundo.
Tolstói, em seus escritos, frequentemente questionava o que significa ser verdadeiramente feliz. Ele acreditava que a felicidade não está relacionada a riquezas ou status social, mas sim à simplicidade, à conexão com os outros e à harmonia com a natureza. Essa visão de felicidade é especialmente evidente em suas obras, onde personagens frequentemente enfrentam dilemas morais e existenciais.
Contrapõe-se a essa busca pela felicidade a crise existencial, uma experiência comum na vida humana. Tolstói passou por um período de intensa crise em sua vida, onde questionou seus valores, suas crenças e a validade de sua existência. Esse processo de introspecção é fundamental para qualquer ser humano, pois nos leva a refletir sobre o que realmente importa e nos ajuda a redefinir nossos objetivos.
A crise existencial de Tolstói culminou em um momento de radical mudança em sua vida. Ele se sentia insatisfeito com a vida aristocrática que levava e começou a buscar respostas para suas perguntas mais profundas. Essa busca o levou a explorar a espiritualidade e a filosofia, influenciado por correntes de pensamento que enfatizavam a importância da ética, da compaixão e da simplicidade.
Tolstói, então, se afastou das convenções sociais de sua época e se dedicou a uma vida mais simples e próxima dos princípios cristãos. Essa transição não foi fácil e envolveu um processo doloroso de desapego e reavaliação de suas crenças. Contudo, foi através desse caminho que ele encontrou uma nova forma de felicidade, baseada na solidariedade, no amor ao próximo e na busca pelo bem comum.
A superação de Tolstói é um testemunho poderoso de que, mesmo em meio às maiores crises, é possível encontrar um novo sentido para a vida. Sua jornada espiritual o levou a compreender que a verdadeira felicidade está enraizada na simplicidade e no altruísmo. Ele começou a escrever sobre a importância de viver de acordo com princípios éticos e morais, defendendo uma vida de serviço ao próximo.
A espiritualidade, para Tolstói, não era apenas uma crença religiosa, mas uma vivência prática que se manifestava em ações concretas. Ele se dedicou a ajudar os pobres e a promover a educação, acreditando que a verdadeira realização pessoal vem da contribuição para o bem-estar da sociedade.
A vida de Liev Tolstói é um exemplo inspirador de como a busca pela felicidade pode, em muitos casos, ser acompanhada de crises existenciais. Sua jornada de superação, marcada pela busca de um sentido mais profundo, é um convite para que cada um de nós reflita sobre suas próprias crenças e valores. Ao abraçar a simplicidade, a compaixão e o amor ao próximo, podemos também encontrar nosso próprio caminho para a felicidade e a realização. Assim, a mensagem de Tolstói continua a ressoar, desafiando-nos a viver de maneira mais consciente e significativa.
Se leram até o parágrafo acima, alguns devem estar pensando, o que nós queremos, contando os pensamentos de um russo com crise existencial [o sujeito é verdadeiramente bom no que se propôs a fazer], deixando um legado extraordinário para posteridade, com sua literatura singular, entretanto arriscamos pensar que poucos estão interessados em ler clássicos, todavia estamos assistindo o começo do fim da fé, tangível apenas por àqueles que comparam o mundo de ontem e o atual. E perguntam: por que? A diferença é enorme, tão grande, que em certas ocasiões de descontrole, pensamos ou esbravejamos, que se dane, não vale a pena perder tempo, então, foi com este intuito que resolvemos demonstrar através do exemplo de um homem iluminado, incomum, que podemos superar tudo; a solução é encontrar consigo mesmo, através da espiritualidade, viveu 82 anos, pelo jeito, morreu feliz, pois sofrer e ficar de mal com a vida, não se atinge longevidade com facilidade, apesar do preço que, às vezes pagamos, contudo, parece irrisório, diante da eternidade prometida pelo transcendente.
Se Torricelli pesasse o vento hoje, sentiria o quão pesado ficou virtualmente; está pesado, muito pesado, parece que anunciando algo inusitado em função de nossas iniquidades e materialismo.
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