P20 em Brasília: Pacheco e Lira Defendem Reforma Global e Ações contra Desigualdade e Mudanças Climáticas
Os presidentes do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defenderam um debate mais aprofundado para enfrentar temas globais comuns na abertura do P20, a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20. O evento, que reúne representantes dos parlamentos das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, começou nesta quarta-feira (7) em Brasília e antecede a reunião do G20, que acontecerá em 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.
Pacheco e Lira destacaram questões como a ampliação da desigualdade, a fome e as mudanças climáticas como grandes desafios atuais. Ambos enfatizaram a necessidade de reformar a governança global para que suas regras atendam às necessidades do mundo atual. Pacheco defendeu uma modernização de instituições como o Conselho de Segurança da ONU, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que foram estruturadas em um contexto pós-Segunda Guerra. “Os problemas globais são de tal magnitude que requerem soluções conjuntas”, afirmou Pacheco. Ele reforçou que a interdependência das questões, como combate à pobreza e a fome, governança global, transição energética e mudança climática, mostra que essas pautas precisam ser abordadas em conjunto para que sejam eficazes.
O presidente do Congresso Nacional também destacou o valor do diálogo e da transparência no contexto atual de fortalecimento da democracia. Já Arthur Lira chamou atenção para as “tensões entre diversas nações” e a crescente crise humanitária, climática e sanitária que colabora para o aumento das desigualdades globais.
Em seu discurso, Lira condenou o terrorismo e ressaltou a necessidade de os Parlamentos se mobilizarem para promover a paz, o equilíbrio nas relações comerciais, a segurança alimentar e a cooperação científica e ambiental. “Parte importante desse processo exige uma renovação da governança global”, disse Lira, ao observar que as instituições e mecanismos globais de hoje refletem um cenário antigo, sem a legitimidade necessária para enfrentar os desafios atuais.
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