PEC das Drogas: Votação deve ficar para depois do recesso, mas antes de eleições
Após Arthur Lira (PP-AL) anunciar na última terça-feira, 25, a criação da comissão especial para analisar a PEC das Drogas, os partidos terão uma semana para indicar os 34 titulares e 34 suplentes do colegiado.
Será uma corrida contra o relógio, já que o Congresso entra em recesso no dia 17 de julho e o presidente da Casa já avisou a prioridade total será a Reforma Tributária.
Deputados ouvidos avaliam que o calendário apertado deve empurrar a votação para depois do recesso.
“(A PEC das Drogas) deve ser votada depois do recesso, mas antes das eleições”, diz o deputado Ricardo Salles (PL-SP) que foi relator da proposta na CCJ da Cãmara.
Segundo fontes, o presidente da Câmara segurou por dois meses a PEC e esperava votá-la só depois das eleições, mas se antecipou devido à decisão do STF.
Os líderes da oposição esperam agora a decisão do STF sobre quem definirá a quantidade de drogas que será considerada posse. Se a Corte deixar essa decisão para o Congresso, isso será visto como um gesto.
A votação da PEC pode ficar para uma das duas janelas de esforço concentrado que serão abertas antes das eleições: uma em agosto e outra em setembro.
O ritmo do trâmite vai depender do humor do colégio de líderes, que se reúne na terça-feira.
A expectativa dos parlamentares ouvidos é que a direita faça pressão por celeridade para levar o tema como trunfo nas eleições municipais.
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