Pernambuco registra os primeiros casos de metapneumovírus em 2025
20 de jan.
Reprodução
Pernambuco registrou os primeiros casos de Metapneumovírus Humano (hMPV) em 2025, conforme anunciado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) neste fim de semana. As vítimas são duas crianças, uma de 1 ano e 7 meses e outra de 3 anos e 11 meses, ambas moradoras do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana. Elas apresentaram sintomas como febre, tosse, dificuldades respiratórias e diarreia, mas já receberam alta hospitalar após o tratamento.
O hMPV é um vírus respiratório pertencente à mesma família do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Embora geralmente cause sintomas leves, como resfriado comum, em grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido, pode evoluir para formas mais graves, incluindo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A circulação do hMPV não é novidade em Pernambuco. Casos anteriores foram registrados em anos passados, com picos em 2016, quando 15 casos foram confirmados, e em 2022, com 27 registros.
O vírus, identificado pela primeira vez na Holanda em 2001, circula no Brasil há mais de 20 anos, com o primeiro caso registrado no país em 2004. Apesar do aumento de casos em países do Hemisfério Norte, a Secretaria de Saúde de Pernambuco esclarece que o hMPV não é considerado um vírus de grande preocupação pela comunidade científica. Não há, até o momento, aumento no número de casos que configure uma epidemia ou pandemia, segundo o secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Renan Freitas.
Embora não exista uma vacina específica contra o hMPV, a SES-PE reforça a importância de manter a carteira vacinal atualizada, especialmente com as vacinas contra a gripe e a Covid-19, para evitar complicações e reduzir os impactos da cocirculação de diferentes vírus respiratórios.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda medidas preventivas bem conhecidas para controlar a transmissão do hMPV, como o uso de máscara de proteção facial, boa ventilação nos ambientes, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, higienizar as mãos e evitar tocar olhos, nariz ou boca. Para grupos vulneráveis, como crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades ou imunossuprimidos, é aconselhado evitar aglomerações, especialmente em locais fechados ou mal ventilados.
A OMS também orienta que, em caso de sintomas graves, como dificuldade para respirar, febre persistente ou dor no peito, os pacientes procurem atendimento médico. O Ministério da Saúde brasileiro segue monitorando a situação, mantendo contato constante com a OMS e autoridades sanitárias de outros países, incluindo a China, onde houve um recente surto significativo do hMPV.
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