Petróleo cai com temores de guerra comercial entre EUA e China
gazetadevarginhasi
10 de abr.
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As cotações do petróleo recuaram fortemente nesta quinta-feira (10), pressionadas pelas crescentes preocupações com os impactos da guerra comercial entre Estados Unidos e China na economia global e, consequentemente, na demanda por energia.
O barril do petróleo bruto dos Estados Unidos caiu 4,6%, sendo negociado a US$ 59,50 — praticamente anulando todos os ganhos expressivos registrados na véspera. Caso o preço encerre abaixo de US$ 59,58, será o menor fechamento desde abril de 2021.
O otimismo inicial com o anúncio de uma trégua temporária de 90 dias nas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump rapidamente deu lugar à apreensão. As duas maiores economias do mundo seguem aumentando suas barreiras comerciais, elevando o risco de desaceleração ou até mesmo recessão global.
“A guerra comercial entre os EUA e a China continua a ferver”, destacou Robert Yawger, diretor executivo da Mizuho Securities, em relatório divulgado nesta quinta.
A pressão sobre os preços é ampliada pela atuação da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), que continua a elevar a produção de barris, contribuindo para um potencial excesso de oferta no mercado internacional.
“Devolvemos todos os ganhos. O fato de estarmos em uma guerra comercial com a China neste momento prenuncia um crescimento mais lento da demanda por petróleo. Não há dúvida disso”, afirmou Andy Lipow, presidente da consultoria Lipow Oil Associates.
A combinação de um ambiente geopolítico instável, perspectivas sombrias para o comércio internacional e o aumento da oferta global forma um cenário desafiador para o setor de energia e acende o alerta sobre os rumos da economia mundial nos próximos meses.
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