Petrobras estende vida útil da primeira grande plataforma do pré-sal de Santos
22 de jan.
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A plataforma de petróleo Cidade de Angra dos Reis, a primeira de grande porte a operar nos campos do pré-sal da Bacia de Santos, terá sua vida útil estendida por mais cinco anos.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (22) pela Petrobras (PETR4; PETR3), que lidera o consórcio responsável pela operação do Campo de Tupi, localizado a 300 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
O navio-plataforma, do modelo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), possui capacidade para produção, armazenamento e transferência de petróleo. Em operação desde outubro de 2010, a unidade tem uma produção superior a 50 mil barris por dia. A Petrobras anunciou que firmou um aditivo ao contrato de afretamento e prestação de serviços da plataforma com as empresas Tupi Pilot MV 22 B.V. e Modec Serviços de Petróleo do Brasil Ltda, o que permitirá a prorrogação de seu uso até 2030.
Essa extensão contratual permitirá realizar adequações que aumentem a confiabilidade, eficiência e segurança da produção, além de manter a integridade da plataforma e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
“A celebração dos aditivos está alinhada ao Plano de Negócios 2025-2029 e reforça o compromisso da Petrobras e seus parceiros com a continuidade e expansão das operações no campo de Tupi”, destacou a estatal em comunicado. A Petrobras também informou que a plataforma será descomissionada em 2030, quando atingir o fim de sua vida útil ou quando a produção do campo tornar-se economicamente inviável.
O início das operações da Cidade de Angra dos Reis é considerado um marco para a produção de petróleo do pré-sal no Brasil, que se encontra a profundidades entre 5 mil e 7 mil metros. Em 2024, o pré-sal foi responsável por tornar o petróleo o principal produto de exportação do Brasil.
Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que, entre janeiro e novembro, o Brasil produziu 36,9 milhões de barris de petróleo por dia, sendo 71,5% provenientes do pré-sal. No segundo semestre, esse percentual saltou para 80,3%.
Além da Bacia de Santos, a produção de petróleo também ocorre na Bacia de Campos, que abrange o litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O consórcio responsável pela produção no campo de Tupi é composto pela Petrobras (67,216%), Shell (23,024%), Petrogal (9,209%) e Pré-Sal Petróleo (PPSA), que representa o governo brasileiro com 0,551%.
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